segunda-feira, dezembro 20, 2004

DE COISAS:

* DE FRASES: Tem duas frases no meu logout do linux agora. Nem lembro o que tava antes. Me deu vontade de botar as duas aqui:
- Estranho é um jabuti de cuecas pilotando um helicóptero. (Cascão em "Mentes Telescópicas")
- O homem é um animal que gosta. O gosto é que muda. (João do Rio em "Emoções")

* DE LINGUAS: Tem dois iranianos falando do meu lado. Acho tão legal ouvir uma língua e não entender absolutamente nada. Parece que eles tão dizendo algo como "unierriateshibom iamkomi sheahs adueieshiz". Não é bacana? :)

* DE LIVROS: Comecei a ler "Os livros da magia", aquele livro inspirado na série de mesmo nome do Gaiman. Tô achando bobo e chato. Li "Direitos iguais Rituais iguais" do Pratchet e, caraca, como ele é foda. E li "Diário de um ladrão" do Genet. Eu gostei; não é de maneira nenhuma o meu tipo de livro, mas por algum motivo estranho eu gostei. E me impressionou menos as putarias (parece que absolutamente todo ladrão europeu é gay) do que a descrição da vida de mendigo na Europa dos anos 30. Tem umas descrições bonitas, como quando ele já tem seus 35 anos e os papéis de repente se invertem e ele é o homem com seu menino, com Lucien. E se vê que ele não está confortável nesse novo papel, como se pra ele essa mudança fosse tão brusca como para nós leitores. Mas os detalhes da vida dos mendigos, isso me intrigou. Enfim. Também li finalmente o Jornal Dobrabil. Já tinha o livro há bastante tempo mas ainda não havia lido. (Gostou do "havia"? Super estáili, né?) De tanto ler Glauco Mattoso e Jean Genet, passei um tempo meio intoxicada, achando que sujeira é o maior barato.

Comprei sábado uma coletânea do Poe; nunca li Poe, absurdo né? Quero ainda comprar um livro da Conrad sobre a Tormenta, mas não sei se já saiu; os outros da série do Mochileiro das Galáxias, também não sei se saíram; e os outros do Diskworld. E tô cheia de Plínio Marcos pra ler lá em casa. E vou pegar de mamãe o Código Da Vinci, que deve ser uma bobagem, mas uma bobagem divertida. Viu, Rafa? Não só de livro nerd eu vivo. ;)

* DE DVDS: Tenho Kubricks! Sim! Tenho Full Metal Jacket (ainda não vi), Laranja Mecânica e O Iluminado. Tá bom, Laranja Mecânica é da Sabrina, vendi pra ela. Ah e tenho meu primeiro Tim Burton, Edward Mãos de Tesoura! E é lindo porque além de entrevistas tem uns desenhos do Burton para o personagem do Edward e do cientista, o criador. Lindo, lindo, lindo.

* DE GLAUCOS: Eu gosto tanto do Glauco Mattoso... Queria saber o que é feito dele. Será que vive? Será que é feliz? Se não fosse a cegueira - que desgraça prum homem de letras, prum poeta concreto - acho que hoje ele seria um dos grandes. Muito novo mesmo, antes dos 30, ele teve um puta reconhecimento com o Dobrábil. Depois... ficou cego, mais e mais até que... definitivamente. Gostaria muito de ver um documentário sobre ele. Acho que seria uma forma de resgate, sei lá.

Sua cegueira me lembra Borges. Se Borges tivesse ficado cego aos 30, será que aos 60 seria o que foi?

sexta-feira, dezembro 10, 2004

Meu irmão

Crianças crescem e é tão estranho que eu virei adulta assim, de repente. Meu irmão confia em mim, e isso foi a coisa mais fofa que aconteceu nos últimos tempos. É estranho ficar velha. É estranho pensar "daqui a quatro ou cinco anos" e isso ser pouco tempo. E é estranho porque faz tão pouco tempo que isso era muito tempo. Quando você tem 14, caraca, 5 anos é metade da sua vida! Quando você tem 14 você pensa que daqui a 5 anos você vai ser adulto.

Meu primo tinha 12 anos e eu ainda não consigo deixar de pensar nele com essa idade. Ele tem mais de 20 e eu ainda me espanto com isso. A Clara, caramba. Outro dia na rua, eu ando olhando pro chão e vem uma mulher na minha direção. Eu desvio, ela desvia e continua vindo pra cima de mim. Eu penso "Essa mulher vai me atropelar!" Quando olho, a mulher era a Clara, que deveria ter 11 anos mas tem 17. Faz 18 em janeiro.

O Vicente tem pêlos nas pernas. Que o Victor era grande eu já sabia, ele sempre foi. Mas ontem ele tinha um esboço de bigode e isso foi estranho. Virou adolescente. Porque o Vicente tem (quase) a mesma idade mas ainda é criança. Meu irmão não é criança, ele me disse ontem.

Será que eles percebem que cresceram? Não. Eu não percebi. De repente eu era adulta. E nem sei se isso ´ mesmo triste. Não. Ser adolescente é muito chato. É muito bom, não me entendam mal. Mas é muito chato. Tudo é grande demais quando você é adolescente. Um ano, dois, três. Tudo é muito tempo. Será que um garoto de 14 anos sabe que daqui a pouco ele tem 18 e está na faculdade? Que daqui a pouco ele namora, ele casa, ele sai de casa, ele mora junto ele tem sua vida?

Será? Será que é isso mesmo? Ou será que eu já esqueci como é?

sábado, outubro 23, 2004

O rio

Lá longe tem um rio
calmo de água rasa.
Aqui perto tem um rio
que corre na minha casa.

No rio tem os peixes
e conchas e tudo o mais.
No rio eu molho os pés
e com ele corro pro mar.

Quando estou de saco cheio
e tudo é chato demais
eu ponho o rio no bolso
e vou com ele viajar.

segunda-feira, outubro 18, 2004

Eu sei que essa frase não é nada original, esse pensamento não é. Mas a realidade não parece por vezes fina demais? Não, não fina. Fina tem muitos significados, fine, thin. Frágil seria melhor. Como. Parece tão fácil de atravessar, a realidade quero dizer, que às vezes eu tenho medo de fazê-lo sem querer. Tenho medo de já ter feito e ter caído do outro lado. Será que eu estou do outro lado?

sexta-feira, outubro 15, 2004

I could be dreaming

Faz tempo que não escrevo aqui, o que não é exatamente o motivo que me levou a escrever agora. Tem uma música me martelando a cabeça e um sei-lá-o-que me sufocando o peito. Porque eu sempre achei - como boa analisanda - que minha vida é só minha e que portanto as coisas que eu faço, eu faço pra mim. Eu acho isso, isso é verdade; então porque essas coisas não me fazem feliz?

Eu gosto de matemática (não gosto?) e eu sei que falta pouco (não é?). Um último esforço e chegamos lá. Por que de novo essa montanha e eu no meio da escalada, com medo de cair, cansada demais pra continuar subindo, sabendo que não posso passar muito tempo nesse nicho mínimo onde estou agora. Ou pra cima ou pra baixo. Decida-se. E logo. Decida-se ou decidem por você.

O futuro é longe demais e o passado parece sempre mais fácil do que foi. A caminhada adiante é sempre a mais difícil que você já viu. Então o vestibular não é uma coisa assustadora?

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* Se o presente não existe é o futuro próximo onde vivemos.

* Se você é livre, então o que é que te prende?

* Se você é seu, quem manda em você?

* Se fossemos todos felizes, seríamos todo felizes?

segunda-feira, agosto 30, 2004

Correr em vez de caminhar

Hoje me pus a pensar. Faz tempo que não pensava. Pensar em mim, quero dizer. Em como eu funciono. Tenho pensado em tese, em matemática e só. Mas hoje me peguei pensando. Poderia dizer que o pensamento veio do nada e isso seria uma mentira branca. O pensamento veio do nada, não importa. O fato - e isso eu sei faz tempo - é que eu escolho correr. Estou sempre com pressa e nem sei bem por quê. Se eu tenho um caminho a percorrer e eu sei e sei que devo chegar ao final algum dia, eu penso 'Por que não chegar lá mais rápido?', e então eu corro. Eu corro pra atravessar a rua, adoro fazer isso. Aquelas ruas grandes, eu gosto de correr. Eu presto mais atenção no final que no caminho. Isso é um modo de viver, tão válido quanto o oposto, mas vez ou outra me pego pensando por que motivo eu sou assim. Daí penso se poderia ser diferente e - sempre - acabo chagando à conclusão de que não, uma vez que fosse diferente não seria eu. Claro, ainda seria eu, seria outra eu que seria eu. Mas não seria essa eu que de fato sou eu. Esse texto tá ficando grande e acaba que não disse o que tinha pensado. Sempre é mais fácil pensar que escrever, eu sempre entendo o que eu quero dizer. Vai é ficar assim mesmo e quem sabe um outro dia eu consigo de fato me explicar e dizer o que eu quero.

quarta-feira, agosto 11, 2004

Doente

Eu não sei porque eu vivo doente. Eu vivo doente. Não é porque me alimento mal, eu sei que não é. Eu acho que vou ser daquelas pessoas que quando morre sempre alguém diz: "Tadinha, até que durou. Tinha a saúde tão fragilzinha, vivia resfriada." O engraçado é que não tenho doenças graves mas sempre estou gripada. Ou me sentindo fraca. Hoje estou no segundo. Me sinto tão frágil quanto uma mariposa.

sexta-feira, julho 23, 2004

Porque os fantasmas

Uma quinta-feira e essa música. Uma quinta-feira, uma sexta-feira e um fantasma. Um pensamento fantasma a martelar a cabeça. Fantasma que vem de longe. Fantasma que está longe. Longe demais pro meu gosto.

 
Not much a friday night, pinball
Glorious sight walked out of the past and into the bar
I used to think about you all the time
I would think about you all the time
Now it just feels weird, cause there you are

The damage is done

I feel like a kid again
My eyes are glued to the floor
I hope i mumbled goodbye as you walked out the door

(Damage - Yo la tengo)

terça-feira, julho 20, 2004

Sim, me rendi ao Orkut

Só ainda não sei o que fazer com ele. Ô trocinho inútil...
Entrei em umas comunidades, só comunidades de coisas que eu gosto de discutir. Matemática, Grothendieck, Borges. Nem do Gaiman entrei ainda. Ainda não me entendi com esse treco e tô sentindo que daqui a pouco abandono o barco.

quinta-feira, julho 15, 2004

Errata

Complicação de amigdalite não é meningite, é febre reumática.
Agora digam: "Ah bom! Bem que eu achei estranho..."

quarta-feira, julho 14, 2004

Amigdalite: eu tive

Nunca tinha tido antes, então quando começou achei que era gripe. Achei até bom gripe sem catarro. Catarro é um saco. Mas amigdalite é uma merda. E merda é pior que saco. Pus. Pus é pior que catarro. Pus nas duas amigdalas. E minha mãe dizendo "complicação de amigdalite é meningite!". Agora estou melhor, mas foram uns 4 dias quase sem comer. De sábado a terça. Hoje comi bastante. Arrozinho com feijão, alfacinha, farofinha e hamburguinho com batatinha. E mate, que estou atrás de mate desde a semana passada. Mate de copinho, industrializado. Mate leão. Sempre que eu tomo mate leão de copinho industrializado eu vejo a foto do bicho e sempre que eu vejo a foto do bicho que lembro do Zico. Não o Zico galinho de Quintino. O Zico gato que meu irmão teve que morreu com 15 anos há um tempo atrás. Irmão da Xuxa gata que eu tive que morreu com 18 anos final do ano passado. Mesma ninhada. Xuxa nunca teve amigdalite, nem Zico. Meu irmão teve várias, pobrezinho. Dizem que eu sempre estou doente e dizem a verdade, mas também é verdade que sé fico doente de doença besta. Sempre gripe, quase sempre. Mas amigdalite... de onde eu peguei isso?

terça-feira, julho 06, 2004

A palo seco

Se você vier me perguntar por onde andei
no tempo em que você sonhava,
de olhos abertos, lhe direi:
- Amigo, eu me desesperava.
Sei que, assim falando, pensas
que esse desespero é moda em 73.
Mas ando mesmo descontente.
Desesperadamente eu grito em português:

- Tenho vinte e cinco anos de sonho,
de sangue e de América do Sul.
Por força deste destino,
um tango argentino
me vai bem melhor que um blues.
Sei que, assim falando, pensas
que esse desespero é moda em 73.
E eu quero é que este canto torto,
feito faca, corte a carne de vocês.

(Belchior)


(Na minha cabeça há alguns dias, na versão Los Hermanos.)

Verdade

O Heitor anda pela cozinha pensando em sonhos. Eu fico na cama e pensava em verdade. Pensava em questões inúteis, como sempre. Pensava no quanto eu minto pra mim e será que sou só eu? Ou será que - como me disseram uma vez - eu percebo minhas mentiras enquanto a maioria nem pensa no assunto? Pensava na minha antiga obsessão com a verdade, em não mentir pros outros. Acho que quando você mente e quer parar de mentir, você deve começar por algum lugar. Você deve começar por onde é mais fácil. Você deve começar pelos outros.

Eu pensava no que eu quero. Em por que eu quero as coisas que quero. Não, não em por que eu quero. Em se sou realmente eu que quero, se não é uma invenção, se eu não quero porque meus amigos querem, porque é legal, mais fácil, pra evitar pensar demais, porque pensar cansa e por vezes dói. Por mais de uma vez me achei em uma bifucação do caminho onde eu poderia inventar uma paixão ou seguir com o que seria verdade. Com o que eu chamo de verdade porque foi por onde eu segui. Se tivesse ido pelo outro caminho, não seria também verdade?

Se eu acho que tudo é escolha. E eu disse tudo, vida, morte, roupa, gosto, sexo, amigos, amor, carreira, tesão, tudo. Se eu acho que tudo é escolha então qual a diferença entre escolher e escolher que outros escolham por você? Algum é mais humano, mais verdadeiro, mais real? Eu ando tendo pesadelos, eu escolho ter pesadelos. Eu escolho ter medo das coisas que tenho medo. Também escolho deixar de ter.

Porque eu acho - eu escolho achar - que eu sou eu inteira. Não sou só a minha parte consciente, sou tudo. Não só a parte que pensa "eu quero ir ao cinema" mas também a parte que pula com barulhos abruptos. Porque a questão é, quando te cortam e separam seu dedo. Qual das partes é você? E quando te cortam ao meio? E quando separam a parte que sonha da parte que fala e decide tomar mais uma cerveja? Qual é você? Quem é você?

quarta-feira, junho 30, 2004

Que dia é hoje?
Hoje é hoje, foi a resposta que me veio à cabeça. Estranho, né?

Hoje foi dia-de-falar-com-orientador. Dia bom, esse. Mais e mais trabalho.

Nossa, tô com uma tosse tão absurda que quando tusso, até eu me assusto.

E esse treco de orkut, hein? Acho que só eu ainda não entrei. Levanta a mão quem também nã entrou.

quarta-feira, junho 23, 2004

Dylan Dog - L'Indagatore dell'Incubo

Dylan Dog é uma revista em quadrinhos para adultos italiana. É a mais famosa e mais importante revista italiana. Arrisco dizer que também a melhor. O Dylan Dog do título é um detetive - o detetive do pesadelo. Como todo detetive que se preze, ele tem um ajudante. O ajudante no caso é Groucho. Sim, o Groucho dor irmãos Marx. Ah, outra coisa estranha é que a estória se passa em Londres, Dylan é inglês. Mas o que eu realmente queria falar era das mortes em Dylan Dog. Uma morte em especial, numa revista chamada Sinfonia Mortal. Não sei se já saiu no Brasil ou qual é o número no original. Mas a estória começa com uma morte que pra mim é a melhor que já vi em quadrinhos.

Um bando de pássaros voando na alvorada, no amanhecer. Gaivotas. Os pássaros encontram uma janela aberta numa casa e entram. Um homem está dormindo, de boca aberta. Um senhor de idade. Dormindo. Um a um os pássaros entram na boca do homem e somem dentro dele. Passa-se um tempo e as gaivotas saem. Saem carregando os órgãos internos do velho. Os pássaros ficam por algum tempo em suspenso sobre o homem, segurando nos bicos suas entranhas. E depois jogam tudo no chão e voam embora.

terça-feira, junho 15, 2004

Post propaganda só pra dizer que retomei o fotolog:

Como não tinha mais inspiração para as poesias para crianças estranhas - talvez um dia eu retome a proposta; ficaram ainda algumas idéias por trabalhar - resolvi desenhar monstros, que é uma coisa que sempre gostei. Sempre gostei de monstros e sempre desenhei monstros. A propósito, antes que algum esperto perceba, minha idéia não é nem um pouco original, vide Creatures in my head.

ps.: O fotolog é Eu e meus monstros.

sexta-feira, junho 11, 2004

Ciao Ciao Italia

Ela é quase tudo que sonhei
e eu sou quase aquilo que sempre evitei.
Falhei, sim falhei.

Quase um olhar, quase um carinho
que me deixou quase sozinho.

E quase que fiquei contente
e fui feliz pra sempre no dia em que eu
quase conquistei seu coração.

sexta-feira, junho 04, 2004

Ontem e coisas e tal

* Só que agora ontem é anteontem, ok? Então, anteontem fomos num bar aqui. (Aqui é Trieste.) Conhecemos uns italianos super-simpáticos e fomos nesse bar, que eles tinham ido outro dia e conheciam o dono. Foi bacana, mas lá pelas tantas me deu uma saudade... Saudade da Sabrina, do Alex, da aldeia, do Heitor, da Maldita, do Carnaval desse ano... Sei lá, nostalgia mesmo. Era isso que eu tinha a dizer sobre ontem-anteontem.

* Agora ontem-ontem aconteceu uma coisa mais legal. Teve uma palestra do Narasimhan. Era a terceira de uma série de quatro palestras sobre o uso de teoria geométrica dos invariantes no estudo dos pontos estáveis em esquemas de Hilbert, acho. Ou era em Jacobianas mesmo? Talvez fosse em Jacobianas... De todo modo, era o Narasimhan e eu fui assitir. Pena que perdi as outras duas. A anterior bem dava pra ter assistido. Mas tem umas notas, que eu vou tentar arrumar, e de repente eu assisto a próxima. A próxima não vai ser do Narasimhan, mas é continuação dessa. Mas enfim, esse tio, Narasimhan, é um indiano pequenininho e magrelinho, e é um dos 5 mais importantes da minha área. E eu assisti a essa palestra dele, numa sala pequenininha, com no máximo mais umas 10 pessoas, quase todos importantes. E eu entendi quase tudo. Tudo que ele fazia, mesmo não tendo pego do início, eu entendi e sabia mais ou menos porque ele estava fazendo. Muito legal mesmo. Me deu o maior ânimo pra estudar. Se bem que eu já tenho estado animada, já tenho estudado mesmo.

Enfim, foi isso. Eu assisti o Narasimhan falando. E esse foi o ponto alto dessas últimas duas semanas. :o)

* Ah sim, outra coisa: ontem no mercado eu vi um daqueles pratos feitos de salada com atum e me deu vontade de comer. Estranho, né?

* Ah sim, estou indo pra Roma. Algum recado pro Papa?

quinta-feira, junho 03, 2004

Tenho que ir

Eu ia escrever um post bonito sobre ontem e coisas, mas agora tenho que ir pra aula. A aula vai ser um saco e eu vou fazer força pra não dormir, mas vou assistir assim mesmo, porque o professor é simpático.

terça-feira, maio 25, 2004

Espíritos Ortodoxos

Ontem entrei numa igreja que, eu juro, é a igreja mais bonita que eu já vi. A que mais me impressionou. Eu já tinha passado por ela outra vez, e me impressionado porque é linda por fora. Com figuras bonitas e um domo azul. E textos em russo. Igreja ortodoxa russa. Mas não tinha entrado ainda, então fiz isso ontem. A igreja é em forma de cruz, um russo me disse que é o formato usual. E os bancos, os bancos não são enfileirados como nas igrejas católicas que eu conheço. Não, eles ficam encostados nas paredes, rodeando toda a igreja. Uma das paredes é reservada ao altar. Quando eu entrei, ouvi uma música em russo, mas como só vi um homem sentado num desses bancos, achei que era música gravada, algum cd de música de igreja. Mas não, e isso eu só vi muito depois, eram dois sacerdotes cantando. Eram os dois cantando, lendo do livro, de costas pro resto do mundo, como se estivessem cantando pra eles mesmos ou pra ninguém ou pra deus. Fiquei extremamente impressionada. Mesmo. Foi a experiência mais espiritual que já tive. Não pude ficar por lá muito tempo, pelo menos não tanto quanto gostaria. Por mim ficava até o final, até terminar o culto, a reza, o rito, a música, enfim, o que for que estivesse acontecendo ali. Preciso voltar lá e ver e ouvir aquilo de novo. Preciso encontrar uma igreja assim no Rio. Não digo que vou me converter ou mesmo que me interesse entender o que acontece ali, porque acho que o mais interessante pra mim é o mistério daquele rito estranho que me pareceu saído de uma época antiga e já morta e esquecida. Me pareceu estar olhando e tomando parte de algo tão maior e antigo que eu não poderia compreender mesmo que tentasse. Mesmo que quisesse. E eu não quero. Não quero explicações. Só quero ver e ouvir aquela mágica de novo.

sexta-feira, maio 14, 2004

Pular ou voar?

Hoje estou meio estranha. Não tô legal. Não sei porque, mas não tô legal. Então eu estava na janela da sala de café. Aqui no IMPA tem uma sala de
café. Então eu estava na janela da sala de café, olhando pra baixo, pra longe. Pensando em pular. Não em pular pra me matar, pra morrer, pra fugir do assunto chato ou pra chamar atenção. Não, nada disso. Pular só pra
pular, pra sentir o impacto do chão. pra ver onde eu ia cair. Pra cair e só. Porque o risco inerente ao pulo, à queda e que não existe no vôo. Esse risco é parte do motivo porque eu prefiro pular a voar. Preferia saber
pular. Pular que nem o Luigi do Super Mario 2. Saca? O Luigi pulava muito
legal. Ou um sapinho. Não pulei, claro. Eu não ia me machucar muito se
pulasse. Talvez um pouco. Não muito. Mas ia ser chato ter que explicar por que eu pulei. Explicar que não, não tinha nada a ver com eles. Ou talvez tivesse, mas não muito. Que pular é legal e eu pulei porque quis. Não que condene o suicídio. Não, pelo contrário. Acho ótimo que exista como possibilidade. Acho mesmo a idéia da morte reconfortante. Mesmo. O nunca mais é assustador, mas muito confortador
também. Mas estou saindo do assunto. O assunto é pulo. Um dia eu pulo.

quinta-feira, maio 13, 2004

Nada demais

Sei lá, me deu vontade de escrever. Mas eu não tenho nada pra dizer. Nada especial. Comprei um livro do Terry Pratchett. Espero que seja bom. Reli A Casa de Bonecas. É bom. Vou viajar de novo, acho que vai ser bom. Vai sim. Viajar é bom, lugares diferentes. É bom. Não tô muito animada, mas isso é só porque eu não tô muito animada. Comprei um pirulito. Fazia muito tempo que não comia pirulito. Pirulito não se come, se chupa. Ainda tem guarda-chuvinha lá em casa. De chocolate, marca Ki-Kakau. Muito bom. Curitiba foi bacana, foi sim. Gostei de conhecer Wander-Wildner. Pena que não vou estar no Rio 29 de maio, vai ter show dele. Foi na verdade o melhor show do festival. O melhor show enquanto show. Ainda tô mastigando o canudinho do pirulito. Saco. O Manta é muito fofo, já li o Shaman dessa semana. Esse ano. O tempo esse ano tá passando de forma tão estranha. E eu ainda não vi Elefante nem Kill Bill. Vi Bicicletas, muito bom. Tenho que ver Kill Bill, apesar da minha implicância com aquele rapaz. Não que eu tenha visto dele algo que não gostei, o que eu vi é bom. Mas a implicância continua. Alguns preconceitos a gente deve guardar. É bom, é sim. Tá, tô indo almoçar.

quarta-feira, maio 05, 2004

You're the One for me, fatty

Eu tenho um cd do Morrissey, fiquei um bom tempo sem ouvir e agora nem sei mais porque. Morrissey é muito bom. O título do post é a minha música favorita do disco, desde sempre. Mas as outras também são maravilhosas. Tem uma linda que fala "Come on to my house, come on and do something new. I know you love one person, so why can't you love two." Acho que conheci Morrissey pelo Fabio. Acho não, tenho certeza. Só nunca entendi porque antes de comprar cd dos Smiths, eu comprei do próprio Morrissey. Precisamente esse cd que estou ouvindo agora, que é o único que eu tenho dele. Acho que eu sei porque eu gosto do Morrissey e porque eu gosto dessas músicas mais especificamente. Acho que é porque elas não enrolam. Elas vão direto ao ponto. Ele diz o que quer dizer, não faz firula, não faz metáforas. Eu sei que metáforas são importantes e algumas são até bonitas, mas eu gosto disso de dizer o que se quer dizer. Por isso mesmo, acho, não gosto de poesia. Isso pode até significar que que eu sou pouco profunda, mas mesmo no rasinho se pode afogar.

domingo, abril 25, 2004

Meu fim de semana à la K

Tudo que eu fiz nesse fim-de-semana foi ler. Isso não é verdade, mas é uma aproximação bastante precisa. Eu fui ao cinema também. E eu lavei muitas máquinas de roupa. Mas tudo que eu fiz foi ler e ouvir música. Comecei na sexta-feira, com Lovecraft e Rolling Stones. Depois passei pro Apanhador no Campo de Centeio - que eu nunca tinha lido e gostei bastante, mais pelo estilo do autor que por uma possível identificação com o personagem principal - e muito jazz. E Morrissey, um pouquinho. Fui dormir tarde e acordei tarde. Sábado vi o Anti-herói americano. Muito bom, apesar duma hiena na platéia. Foi bacana porque o livro terminou na horinha certa de apagarem as luzes. Depois comprei mais dois livros. Um Shakespeare em inglês cheio de notas de rodapé e que eu acho estar acima da minha capacidade, mas foda-se. E um livro russo, que eu nunca tinha ouvido falar antes e que comprei pelo título e por como ele começa e estou lendo agora e o autor é super simpático. Tem um capítulo que ele começa a se justificar na escolha do seu herói, que é feio, baixinho, tem as pernas tortas e as orelhas vermelhas e além de tudo é meio burro. O autor é o máximo. Genial. Taí uma palavra que espero reincorporar ao meu vocabulário. Acho que é isso. O post não ficou nada parecido com o que eu tinha pensado, mas também, o que é?

ps.: Num sei se esse "a" do título devia ter acento, então botei assim mesmo...

quinta-feira, abril 22, 2004

Borges

Eu estava relendo o Livro de Areia, quando me deparei com aquele conto "There are more things" (Já leu, Heitor?) que ele dedica ao H. P. Lovecraft. Eu já achei legal isso, porque dessa vez reconheci a criatura. Daí hoje de manhã que eu fui me dar conta do quanto o Borges é foda; Borges é foda demais. Porque ele não só presta homenagem com o tema do conto, mas também com o estilo. Sim! Ele copia o estilo do Lovecraft (pelo menos foi o que me pareceu, pessoas mais experientes em Lovecraft, me corrijam por favor). Aquele estilo cheio de adjetivos, cheio de firulas, que fica o tempo todo dizendo o quanto tudo é terrível. E que faz parecer que no fundo tudo é mais bobo do que realmente é. Eu, que não gostava desse conto, passei a gostar. Não gostava porque não reconhecia nele o Borges que eu gosto. O estilo do Borges, o estilo de lidar com o sobrenatural como se fora natural. Mas ainda está lá o Borges que tem a idéia, e inventa uma estória pra sua idéia. Pra não ser só a idéia. Pra não ser chato, nem bobo. O melhor exemplo disso é O Alef. O Alef, a única idéia ali, é o alef. E pra descrevê-lo ele não gasta mais que algumas folhas. Mas tudo antes e depois da visão do alef é a estória propriamente dita, que é boa e independe da idéia. É como se ele tivesse a idéia e construísse uma casa pra idéia morar. É isso. Borges é foda. Pra quem não conhece e quer conhecer, eu sugiro o Ficções.

segunda-feira, abril 19, 2004

Sonho colorido

Então eu estava numa gincana com mais alguém e a Jutta. E era uma gincana dessas de pegar jipe e ir em lugares e a gente tinha que estar num determinado lugar até determinada hora. Aí uns outros participantes disseram que a gente deveria pegar um certo caminho, porque era melhor e tal. Claro que acreditamos. Afinal, por que eles iriam mentir pra nós? Pois é, mentiram. Foi o maior perrengue, passamos no meio duma selva. Subimos uma pirâmide e tudo. Passamos em areia movediça. E eu achando que não iamos conseguir, porque a Jutta ficava pra trás e já estava cansada. Bom, no final de tudo, conseguimos chegar a tempo no tal lugar. Acho que fomos os últimos a chegar. E quando chegamos eu e a outra pessoa da equipe começamos a procurar os caras que tinham dado o caminho errado pra gente, meio putos. Já a Jutta, simplesmente sentou numa poltrona com o walkman nas orelhas e fazendo palavras cruzadas, nem aí pro mundo. Bom, não lembro se achamos as tais pessoas. Acho que não porque o despertador tocou e eu acordei. Mas o mais legal é que esse sonho foi todo em rosa-choque, verde-bandeira e um azul meio claro, como de céu. Como de uma camiseta que eu vi hoje.

sábado, abril 17, 2004

Atendendo a pedidos

* Apareceu uma pinta no meu braço direito. Perto do pulso. É altinha a pinta. Será que é cancer?

* Mais um preconceito meu vai por terra: descobri que Rolling Stones é bacana. Mais que bacana, é muito bom mesmo. Tem uma música chamada She's a rainbow que é a minha cara. She comes in colors ev'rywhere; She combs her hair; She's like a rainbow. Com a diferença que eu não penteio o cabelo.

* Aliás faz tanto tempo que eu não penteio o cabelo que só recentemente me dei conta que não tenho pente.

* Por falar em conta, as minhas estão funcionando, mas nem era issoq ue eu ia dizer. Ia dizer que ando tão alienada - sem ler jornal nem ver tv - que tava completamente por fora dessa guerra na Rocinha. Será que ainda tá feia a coisa por lá?

* E no assunto preconceitos: um viva pra mim, ontem dancei forró! :oPPP

sábado, abril 03, 2004

Mais um só

Putz, eu sei que isso já é post demais e eu já deiva estar dormindo. (Coisa mais nerdscrota postar às 2:30 na madrugada...) Mas achei um troço muuuito legal. Olha: the creatures in my head. O de hoje é muito legal.

Consegui!

Baixei finalmente a versão do Yo la Tengo. Antes só tava com a do Beat Happening...
The Sandman is bringing me a special gift, a sleep-dream memory of a first kiss. Cast a shadow in my direction. Cast a shadow in my direction...
Cast a shadow over here, we'll make shadow plays, we'll dig shallow graves...

Cast a shadow in my direction

De onde vem isso? Tô com Cast a Shadow na versão Yo la tengo na cabeça direto! Tsc. Pior que nem consigo baixar esse diabo dessa música, só tenho numa fita velha que o Fabio me deu...

sexta-feira, abril 02, 2004

Adultices

Hoje um sujeito me perguntou à sério: "Ih, caraca! Ainda existe turma da Mônica?". Que absurdo! Será que algum dia eu vou ficar assim tão adulta a ponto de não saber o que é Hamtaro e que ainda existe turma da Mônica?

terça-feira, março 30, 2004

Uma boa e uma má

A boa é que consegui logar no tal joguinho.
A má é que obviamente não saí de casa e ainda por cima arrumei um novo vício.

ps.: Se forem fazer personagens, façam em Solera, que é onde eu estou.

segunda-feira, março 29, 2004

A gente somos inútil

Eu devia fazer algo de útil. Podia estar lendo um livro, eu tenho livros pra ler. Tô com um Dostoiévisqui emprestado, sabe deus quando vou ler e devolver. Peguei na estante o Jogo da amarelinha. Tá lá parado na mesinha de cabeceira. Nem terminei o Budapeste que comecei. Podia estar lendo, podia estar escrevendo alguma coisa pra pôr naquele flog que inventei de fazer. Desde que comprei os lápis e os estojos não desenhei nem escrevi nada. Eu não queria desenhar? Pois então. Em vez de ficar escrevendo em blog, devia ir desenhar. Mais produtivo. Podia terminar de ler o goats. Em vez disso fico aqui, na esperança de conseguir logar num joguinho rpg online que nem sei se é bom porque nunca consegui logar. Ô vidinha besta.

Eu num reclamei que não saía mais de casa? Então, hoje tem Maldita. Por que não vou sozinha mesmo? Ah não, eu não gosto de sair sozinha. Não gosto por quê? Qual o problema de chegar em boate sozinha? Eu quase nunca converso com ninguém lá mesmo. Nem com os meus amigos. Sou da filosofia que boate é mesmo pra dançar. Então, por que não ponho uma roupa e vou? (Ponho uma roupa é modo de dizer, claro que não tô nua. Ou por outra, tô sim. Tô sempre nua na frente do computador, como bem disse Luciane.)

Diacho, perdi o fio da meada. Nem lembro mais o que queria dizer. Acho que foi uma revolta momentânea e eu podia apagar esse texto todo e ninguém ia achar estranho eu ficar sem postar. Né? Não tenho mesmo nada contra auto-censura. Bah! (Dizer bah é tão legal. E sabe como é foda-se em turco? Siktir! E bosta? Bok!) É, perdi mesmo o fio da meada. Acho que páro por aqui.

sábado, março 27, 2004

Rir é bom

* Perdi de novo no buraco. Iei! :oD

* Olha de onde eu puxei: a lâmpada da cozinha tava queimada. Então minha mãe pegou a tábua de passar roupa, levou pra cozinha e armou a dita cuja. Daí ficou olhando pra tábua sem entender como diabos ela ia subir naquilo pra trocar a lâmpada. Demorou uns bons 30 segundos pra ela se tocar que aquilo não era a escada...

sexta-feira, março 26, 2004

Enquanto eu não durmo

* Eu não consigo mais dormir. Não sei porque, eu simplesmente não consigo mais. Eu deito e faço as coisas que costumam funcionar, como ouvir musiquinhas fofas e calmas, tipo Tomo Nakayama. Aí se isso não funciona eu em geral parto pra minha versão de contar carneirinho. Carneirinho não funciona pra mim. Em geral eu conto bichos se jogando dum penhasco. Ontem um contei camelos com jaquetas verdes e óculos escuros se jogando dum penhasco no final duma rampa cheia de neve num trenó de madeira. E não adiantou. Aí eu desisti e abracei a insônia. Liguei o foda-se. Café é mesmo de graça no IMPA. O pior é que não importa o quanto eu durma, eu tenho acordado às 7 da manhã. Bom, hoje eu realmente queria acordar às 7, mas em geral é uma merda isso. O Alef que deu um bom diagnóstico: falta de vida junkie... A gente acostuma, quando pára vem a síndrome de abstinência. Tenho que voltar a frequentar a Maldita.

* Viu que bonitinhho? Não só atualizei (viu seu Rafael Pereira?) como ainda botei link de tudo.

* Tudo bem que nick é uma coisa meio escrota, mas usar nome e sobrenome é um troço tão estranho...

quinta-feira, março 18, 2004

Umas

* Eu tava no 409 hoje, voltando pra casa, num daqueles engarrafamentos em que o ônibus anda super devagar. Daí olhei pela janela, e sem nada melhor pra fazer comecei a reparar nos carros estacionados. E notei uma coisa bizarra: mais de dez carros seguidos com placas começando por L. Por favor, alguém me diz que isso é normal.

* Ontem eu tava com "nuvem de lágrimas" (há uma nuvem de lágrimas sobre meus olhos dizendo pra mim você foi embora e que não demora meu pranto rolar). Hoje é uma mais cool, mas mais chata (até porque repete só esse pedaço): primavera se foi e com ela meu amor. Los Hermanos é bacana, mas essa música é um saquinho.

* Antes que alguém diga alguma coisa: eu gosto de nuvem de lágrimas. A letra é bem bonita. Ó só:
"Há uma nuvem de lágrimas sobre meus olhos dizendo pra mim você foi embora e que não demora meu pranto rolar. Eu tenho feito de tudo pra me convencer e provar que a vida é melhor sem você, mas meu coração não se deixa enganar. Vivo inventando paixões pra fugir da saudade, mas depois da cama a realidade é só sua ausência doendo demais. Dá um vazio no peito uma coisa ruim, o meu corpo querendo o seu corpo em mim. Vou sobrevivendo num mundo sem paz. Ah! Jeito triste de ter você. Longe dos olhos e dentro do meu coração. Me ensina a te esquecer ou venha logo e me tire dessa solidão."

terça-feira, março 16, 2004

Mais pinguim

Junior me mandou o outro jogo do pinguim.
Fiz 847.2 e você?

sábado, março 13, 2004

Coisinhas

* Eu fico pensando se as pessoas que escrevem em seus blogs/flogs coisas do tipo "Campanha pela paz" ou "Não ao terrorismo" realmente acham que estão fazendo alguma diferença. Sim, porque depois desse atentado é o que mais se vê por aí.

* Eu queria ver alguém com uma camiseta "Faça guerra, não faça pastéis."

* Legal o AnimeCoisa. Muito nerde junto, neguinho só fazia rir. Foi uma patota divertida, nós lá. "Nhac nhac." "Ele é Jesus?"

* Sim, resolvi fazer um post como os de todo mundo else, algum problema?

terça-feira, março 09, 2004

Seres Imaginários

Achei na net um site com ilustrações para os seres imaginários do Borges. Tem também os textos todos, os contos desse livro, em inglês. Tudo bem, não é a mesma coisa, mas melhor que nada. Eu, que não tenho esse livro, achei ótimo.

sábado, março 06, 2004

Nerdices

Esse ano eu comprei agenda. É linda a minha agenda, chama Agenda D+ e tem o desenho dumas pessoas mergulhadoras. Daí peguei minha agenda antiga, que é de 2000, pra passar os telefones e datas de aniversário e comecei a ler as coisas estranhas que eu escrevi/desenhei nela. Caraca, encontrei o alfabeto do Hobbit. Sim, eu escrevia e lia fluentemente nesse alfabeto. O alfabeto usado no Hobbit é mais simples dos que aparecem no Senhor dos Anéis (informação pros não-nerds que por ventura resolverem ler esse blog), eu sabia esse mais simples. Mas o pior nem é isso, o pior é que aprendi esse alfabeto jogando Ultima 6, porque era o alfabeto que aparecia nas placas nas estradas. Acabo de ver a primeira estrofe de "Eu só quero é ser feliz..." escrito nesse alfabeto.

Enfim, o post é só isso... Bobagem, né? Mas é tão divertido reler as coisas que eu escrevi nessa agenda ao longo dos anos. Tem coisas que eu nem lembro mais o contexto. Vários registros angustiados que não fazem mais o menos sentido pra mim. E o pior é que quase tudo em inglês. Por que diabos eu tenho essa mania de escrever em inglês?

"Axioms: God is free. There is at least one god."
"Another -> god is random. All possibilities are true."

"O que é ruibarbo?"

"Waiting requires patience."

"and the numbers. i rarely know them. it must be something in the genes."

Eu hein...

quinta-feira, março 04, 2004

Porrada no Pinguim

http://www.peggy.nu/

Meu recorde é 320.5, mas isso não tenho gravado. Tenho com 316.7. O Heitor diz que fez 323.5, mas eu não sei se acredito. Acho que ele mentiu. :oP

terça-feira, fevereiro 24, 2004

Get A Haircut And Get A Real Job

(by George Thoroughgood)


I was a rebel from the day I left school
Grew my hair long and broke all the rules
I'd sit and listen to my records all day
With big ambitions of where I could play
My parents taught me what life was about
So I grew up the type they warned me about
They said my friends were just a unruly mob
And I should, get a haircut and get a real job

CHORUS
Get a haircut and get a real job
Clean your act up and dont be a slob
Get it together like your big brother Bob
Why dont you, get a haircut and get a real job

I even tried that nine to five scene
I told myself that it was all a bad dream
I found a band with some good songs to play
Now I party all night and sleep all day
I met this chick, she was my number one fan
She took me home to meet her mommy and dad
They took one look at me and said, "Oh my god!
Get a haircut and get a real job!"

CHORUS

(Get a real job, why dont you get a real job,
get a real job, why dont you get a real job)

I hit the bigtime with my rock and roll band
The future's brighter now then I ever planned
I'm ten times richer then my big brother Bob
He's got a haricut and got a real job

CHORUS

(Get a real job, why dont you get a real job,
get a real job, why dont you get a real job)

segunda-feira, fevereiro 23, 2004

Primeiras vezes

E aí como na Guilermina Guinle tava uma movimentação meio estranha, eu resolvi ir pela Dona Mariana. Então eu atravessei a São Clemente e entrei na rua. Eu ainda vi um cara de biciclete que passou olhando pra mim, mas ele passou direto então nem me importei. Mas quando eu tava no meio da rua eu vejo o cara da bicicleta passar por mim, mas como ele nem olhou pra trás eu nem me importei. Então o cara parou a bicicleta e quando eu passei por ele o cara me chamou "Ei, vem cá colega". Eu disse "Pô bicho, num dá. Tô atrasada." E continuei andando. Então o cara pegou a bicicleta e correu na minha frente e me fechou. Bom, tá, vou resumir que eu tô com sono: me levou 21 pilas e queria me levar o celular. E só não levou porque eu fiquei pedi pra ele deixar. "Pô meu! Olha o estado desse celular! Tá até com a antena quebrada!" Mas o pior foi no final de tudo o cara me pedir "Dá um beijinho no rosto?" Putz...

Então três primeiras vezes: hoje foi meu primeiro assalto de verdade, foi a primeira vez que eu fritei uma caixa inteira de nuggets e a primeira vez que me queimei com óleo. E ainda por cima eu tenho que baixar uma música que eu vi numa animação muito foda: "Get a haircut". Aliás as mais fodas eram essa e "The man that yelled" e "The little wolf" (essa então Sabrina ia adorar). Tá, tchau. Boa noite. e bom Paquetá.

domingo, fevereiro 22, 2004

Vamos?

Pô, acabei de ler na revista que no findi que vem vai ter esse treco, Anime Center Verão, na UERJ... Eu nunca fui num. Deve ser legal, vai ter palestra do criador de Gundam (tá, eu num gosto de Gundam, mas e daí?) e concurso de cosplay e muitas coisas... Eu queria ver concurso de cosplay de perto... Vamos? Hein, pessoas? Vai ser, ó, vai ser sábado e domingo que vem, das 10 até as 18 horas. Só achei meio caro: 6 reais um dia ou 10 os dois. E tem ainda que levar um quilo de feijão ou lata de leite... Caro, né? Enfim, eu tô com sono, então eu vou dormir.

Ah, mas foi legal a Matriz hoje. E mesmo, depois das merdas Ploc que os manézinhos tocaram, depois disso voltou coisas bonitas e boas. E foi legal. E eu ganhei do despressurizado. :o) Bom, talvez também tenha sido legal porque eu esperava que fosse uma merda, né? Sempre tem isso. Bah, boa noite. Boa manhã. Caracas, 7:20. Tenho que dormir. Tchau!

quinta-feira, fevereiro 19, 2004

Bolo

Caracas, tá mó cheiro de massa de bolo aqui! Que estranho! Agora me deu vontade de comer massa de bolo. :o/

Férias no campo

Poxa, o blog tá meio abandonado. E essa merda de propaganda da Terra que me enche o saco. Tenho que botar essa imagem aí de cima em outro site... Mas então, como o blog tava abandonado, resolvi voltar a uma idéia que tive outro dia:

Eu estava andando na rua Ferreira de Sá e Pedro, quando um mendigo chegou e me disse "abençoadas são as pastilhas". Quando ele disse a palavra divina um cachorro caiu do céu no meu colo cantando "Oh happy days" e passando manteiga na velha que comia alegremente. Então, vendo que ia sobrar pra mim, eu fugi dali rapidamente por ruas e vielas, indo parar na Tanzania. Mas aí o Tarzan bebeu a água e os 34 monitores de Álgebra I vieram me cumprimentar, e eu percebi que não estava em Kansas anymore, mas sim em Marte, uma vez que as drags são de Saturno e isso implicaria num caos filósofico! Bom, como caos não tem nada a ver com geometria nem canetas são vermelhas, eu decidi voltar pro bangalô que a Olívia Palito alugou pro verão. Chegando no deserto do Saara, e vendo que os urubus ainda não tinham começado a matança, eu decidi descansar em paz, só acordando quando meu dedão direito do pé esquerdo me chamou, ontem de manhã. E essas foram as minhas férias no campo.

terça-feira, fevereiro 10, 2004

Cooooooool

Hoje eu percebi que eu lembro que Lothlorien foi um dia Laurelindorien. E que Radagast era o marrom. E isso é nerde demais. Eu tenho que fazer alguma coisa sobre isso. Acho que vou virar cool. Como eu faço pra virar cool? Vou por um piercing na sombrancelha. Piercing é bem cool. É sim. Acho que só o fato de eu estar escrevendo tantas coisas em inglês já me faz um pouco mais cool. Inglês é muito mais cool que português, todo mundo sabe. Caracas, será que dizer 'caracas' é cool? Eu falo 'caracas'. Será que vou ter que parar? Será que gente cool lê mangá? E Holy? Gente cool pode ser fã de Holy Avenger? Pô o nome é em inglês! Bah, acho que não, vou ter que parar também. E ter fotolog, será que é cool? Ah, pode ser né? Tirar fotos das festas e dos amiguinhos e tal. Que mais que eu faço que não é cool? Eu leio revista do Cascão. Isso definitivamente não é cool. Se bem que o Cascão é o mais cool de todos ali... Ah, eu leio Borges, isso é cool. Matemática não é nada cool, mas eu tenho que ganhar dinheiro de alguma forma... Pronto, decidido: vou fazer um piercing e uma tatoo. E vou parar de comprar roupa na seção infantil. E vou usar maquilagem e salto alto. E meia-calça. Meia-calça é sexy. Ah, e vestido. Meninas de verdade usam vestidos e não vão à boate de bermuda. É isso. Vou virar cool. Começo amanhã.

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Você acreditou? Nem eu. Até parece que eu tô revoltada com o mundo... :oP

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Isso é cool: "I want to be a Oscar Mayer's wienner, that's all i want to be. 'Cause if i was a Oscar Mayer's wienner, everyone would be in love with me"

sexta-feira, fevereiro 06, 2004

A casa

"Depois de andar muito, mas muito mesmo, chegamos nessa casa. Entenda, não é que estivéssemos indo para lá, apenas acabamos chegando lá. Era no alto duma ladeira, cheio de verdes bonitos em volta. Era o final da madrugada quando chegamos (eu e uma pessoa, não lembro direito quem, talvez Sabrina) e estava ainda escuro. Entramos na casa, estava vazia. Pouco a pouco outros começaram a chegar conforme ia amanhecendo. Eram várias salas com muitas pessoas. Algumas já se conheciam, a maioria não. Eu andava pela casa - me perdi da pessoa que estava comigo, mas não me importei - meio confusa, meio sem entender. Cheguei numa sala pequena, algumas pessoas por lá. Um deles tinha dois filhotes de cachorro na mão e me deu um. Fiquei tão feliz com o cachorrinho. Sentei no sofá com o bicho no colo, e um cara com muitas coisas penduradas sentou do meu lado. Engraçado mas eu lembro da dicção enrolada dele. Ele sentou do meu lado e começou a falar comigo. Acho que vi a pessoa que estava comigo nessa sala, ela também estava feliz. Todos estavam se divertindo. Era um clima estranho porque não era uma festa, era só aquela casa e aquelas pessoas que apareceram por lá, meio sem motivo. Acho que nem tinha música, nem bebida, nem comida. Só gente."

Eu achei esse sonho singular porque eu sempre sonho que estou andando e dessa vez sonhei que estava chegando, parando de andar.

quinta-feira, fevereiro 05, 2004

E eu ando tão cansada...

...mas tão feliz. Profissionalmente falando, eu acordei. (E pessoalmente, bah!, meio que também tô feliz. Pelo menos hoje.) Outro dia, era de noite e eu me peguei pensando "Putz, tomara que chegue logo amanhã de manhã, pra eu poder ir pro IMPA pra ver se funciona aquele treco." Pois é... eu também estranhei quando me peguei pensando isso. :o) Mas dias depois veio um pensamento ainda mais doido "Bah, que droga! Já é fim de semana! Nem vai dar pra ir pro IMPA sábado nem domingo... Agora só segunda."
É isso. Será que a Gedilha versão 2004 vai ser estudiosa a ponto de terminar a tese? :oP Torçamos. Torçamos que ela fa-lo-á.

quarta-feira, fevereiro 04, 2004

É pra velar o defunto?

Bom, o scanner morreu. O que eu faço agora, senhor? (Emprestado do K) O post é só isso. Eu me pergunto por quanto tempo eu vou ter saco pra manter aquele flog sem scanner em casa. Eu acho que posso usar o do Alex por um tempo. Mas não vou ter saco de encher o saco dele tanto assim. Será que no IMPA tem scanner? Será que eles deixam eu usar o scanner? Será que rola eu dizer que fotolog é fins científicos?

segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Diálogos imaginários e caramelados

Quando eu penso que tenho que parar de imaginar coisas, não é que durante um diálogo imaginário com pesoas imaginárias, travado na minha cabeça às 3 da madrugada de ontem, eu tenho uma das melhores idéias que eu tive nos últimos dias? O diálogo era sobre super-heróis e eu estava explicando pros meus interlocutores por que eu não gosto de super-heróis. Eu não gosto de super-heróis porque eles têm super-poderes poderosos. É muito fácil salvar o mundo quando se tem super-poderes poderosos. E é por isso que eu gosto do Batman. A única coisa que ele realmente tem é dinheiro. O que eu também não tenho, mas acho mais fácil de arrumar do que, por exemplo, visão de raio-x. É por isso que eu implico com os X-men. Cadê os mutantes esdrúxulos? Por que eles não acolhem lá naquela mansão-escola deles o menino-mutante cujo poder é transformar chiclete de uva em de maçã-verde? Ou que consegue fazer arco-íris onde quiser? Ou colorir as coisas só com o olhar? Enfim.

- Quero ver um super-herói com um super-poder idiota, - disse eu - como o poder de se comunicar telepaticamente com gatinhos.
- O que? Gatinhos? - interrogou um intrigado interlocutor (sim, eu gosto dessa palavra!).
- É, gatinhos filhotes. Ele se comunica com eles. Os gatinhos entendem tudo que ele pensa. - disse eu - Claro, que eles são gatos e não vão obedecer porra de ordem nenhuma, mas enfim. Pelo menos eles entendem.
- Pô! Mas isso aí num serve pra nada! - retrucou um 2o interlocutor (na minha cabeça eram 4).
- Exatamente! Queria ver super-heróis assim. Ou (e agora prestem atenção na minha genialidade!) um cara cujo poder era caramelar as coisas com raios-caramelo que saem das mãos dele - eu respondi.
- Quê?! Cacete! Que viagem! Raios de caramelo? - se espantou o 4o interlocutor.
- É! O cara podia se chamar.. CarameloMan! - eu disse - E ele podia até voar por aí, que nem aquele surfista prateado. E ele prende os bandidos caramelando eles.
- Caraca! Isso pode até ficar legal... - exclamou o 4o interlocutor de novo.
- Pois é - disse eu empolgada - e seria bacana também se o cara, o CarameloMan, fosse um super-herói de verdade, efetivo. Que funcionasse mesmo. Só que, por causa do super-poder esdrúxulo, ninguém levaria ele a sério... Esse seria o drama dele. Ele é um super-herói que prende os bandidos, evita os crimes, mas não é levado a sério pela população que ele protege só porque tem um super-poder risível.

Pois foi isso. Agora fiquei com essa idéia na cabeça, tenho que tentar pensar em roteiros pras aventuras do CarameloMan. E tenho também que achar um desenhista, porque isso está acima das minhas possibilidades desenhísticas. Alguém se habilita?

sábado, janeiro 31, 2004

Os Animadinhos

O que me leva a escrever esse post é tentar entender os animadores de festa. Aquele cara que fica lá com o microfone na mão dizendo "Vamulá galera! Quero ver todo mundo dançando!" Quer dizer, será que alguém realmente se anima ao ouvir uma coisa dessas? "Uhu, vamulá hein, só alegria! Todo mundo bombando!" Aí você pensa "Ah, puxa. Eu nem estava a fim de dançar, mas essa frase realmente me deixou animada."

Está tendo uma festa aqui no prédio, uma dessas com muita música versão remix e animador animadinho. Quando tocou macho man, o cara ficou gritando o "hey, hey hey". E sabe o pior? Pelo barulho, o povo lá tá gostando. Muitos gritos histéricos. Eu hein, vai entender...

sexta-feira, janeiro 30, 2004

Please please please do not go - over and over and over

Esse post é só pra dizer que eu adoro Violent Femmes. :o)
Ah, e já que eu estou por aqui, vou aproveitar pra descrever em detalhes a famosa cena da manteiga. É assim, está lá o velho sentado no chão comendo queijo. É, queijo. Aí ele vira pra garota "Ô minha filha, pega lá a manteiga na cozinha." Aí a garota vai na cozinha, pega a manteiga e joga no chão na frente do velho. Aí ele diz "Agora vem cá." Aí ela vai. Aí ele abre as calças dela, passa manteiga e come. Não, ele não come as calças. Come a garota. E fica ditando frases de efeito pra ela repetir enquanto isso. "Agora falaí 'Unidos pelo amor constuiremos um Brasil melhor.'" Ela repete "Uni ahn doshu uhhf ah mô conssss truirem ah! uh braahn sil melhó!" E... bom. É isso. Em meio minuto ele acaba e a cena também. Decepcionante. Imagino que pra garota também.

terça-feira, janeiro 27, 2004

A Fantástica fábrica de chocolate

Duas coisas bonitas:
O Tim Burton está fazendo uma refilmagem e eu baixei a trilha sonora do original. Yey! :o) E agora estou ouvindo uma música com os oompa-loompas. :oD

Ah sim, mais uma coisa. Stockholm syndrom saiu da minha cabeça! Yey de novo! :o)) Claro que foi substituída por outra música desconhecida "right back, back in your arms". Quem sabe da próxima Maldita eu descubro.

sábado, janeiro 24, 2004

O pássaro assustado e a solidariedade humana

Lendo um comentário no fotolog de um amigo me lembrei duma cena que eu vi hoje, e resolvi escrever aqui pra não esquecer. Estava andando com minha mãe no Largo do Machado quando vimos uma mulher que perseguia um pássaro. O pássaro era um filhote ainda, e não conseguia andar. Não dava pra entender porque ela o perseguia. O fato é que o passarinho, numa última tentativa desesperada de fugir, se jogou num bueiro. A mulher ficou tão desapontada - só então eu percebi que ela queria pegar o filhote pra devolvê-lo ao ninho, e que ele devia ter caído de uma árvore - mas tão desapontada, que se ajoelhou (e era uma senhora de idade já) e se pôs a tentar arrancar a tampa do bueiro. Mas isso não é o mais interessante, espera-se que a culpa leve uma senhora distinta e católica aisso. O mais interessante é que um homem que assistiu toda a cena conosco, e ficou tão desolado quanto nós quando o pássaro se jogou no bueiro, de repente levantou do banco e foi ajudar a senhora a salvar o pássaro. Nós fomos embora, fomos almoçar e esquecer dos passarinhos suicidas. Pena. Essa era uma daquelas cenas que eu queria ver como acabam...

quinta-feira, janeiro 22, 2004

Poesias para crianças estranhas

As poesias - com respectivos desenhos - estão agora num fotolog que será atualizado todo de-vez-em-quando. :o) Por enquanto, só coisas velhas. Depois que esgotar a velharia, coisas novas, espero.

quarta-feira, janeiro 21, 2004

Olga

Das meninas que eu conheço
Olga é a mais estranha.
Ela veste suas bonecas
com finas teias de aranha.

No quarto ela guarda insetos
e sua coleção de coisas tortas
e um livro velho e grosso
recheado de folhas mortas.

Olga não fica triste,
mas nunca a vi sorrir,
exceto uma tarde na praia
pro velho que vendia caquis.

Não sei se isso é normal
pois nunca me senti assim,
mas agora estou sempre tentando
fazer Olga sorrir pra mim.

terça-feira, janeiro 20, 2004

Achei! Achei a minha música!!!

Stockholm syndrom - Yo la Tengo

What's the matter, why don't you answer
What's the matter with me
Cause it's so hard to be
Free and easy, we'll disappear completely
Hardly as I've known it's glad

You're heart is broken, and the doors are open
As you're hoping to be
There's brighter places to see
Hands need warning, early in the morning
Hardly as I've known a surprise

No, don't warn me
I know it's wrong, but I swear it won't take long
And I know, you know,
It makes me sigh; I do believe in love

Another season, but the same old feelings
Another reason could be
I'm tired of aching, summer's what you make it
But I'll believe what I want to believe

Iei! :o)))

You really got me

Girl, you really got me goin'
You got me so I don't know what I'm doin'
Yeah, you really got me now
You got me so I can't sleep at night

Yeah, you really got me now
You got me so I don't know what I'm doin', now
Oh yeah, you really got me now
You got me so I can't sleep at night

You really got me
You really got me
You really got me

See, don't ever set me free
I always wanna be by your side
Girl, you really got me now
You got me so I can't sleep at night

Yeah, you really got me now
You got me so I don't know what I'm doin', now
Oh yeah, you really got me now
You got me so I can't sleep at night

You really got me
You really got me
You really got me
Oh no...

Eu não entendo... se eu chutei o balde por que não consigo esquecer e deixar pra lá e me divertir sem pensar? E por que Kinks não me sai da cabeça? E por que a esperança é última que morre?

domingo, janeiro 18, 2004

Best place is where our friends are

Me lembrei daquela propaganda besta do Karo (era Karo que chamava? aquele troço de passar no pão) com os trapalhões que restavam. A propaganda era em cima duma música sobre amigos. "É bom ter amigos..." ou algo do gênero. Porque o que salva - sempre - são os amigos. Com amigos a gente se diverte mesmo na lama. E é por isso que foi divertido ontem, apesar de ser uma merda. E agora a Sabrina se juntou ao time dos panacas. Viva!

Eu nunca fui de ter muitos amigos, mas sempre fui de ser muito amiga dos meus poucos amigos. Estranho como esas afinidades surgem, quase por acaso. Se eu nunca tivesse ido pro irc, não conhecia Sabrina. Se não tivesse ido nos chats, nem Cindy eu ia conhecer. Se não tivesse no IMPA, meu deus, a vida seria tão diferente... Melhor nem pensar, até porque não era isso que eu queria dizer.

O que eu queria dizer tá no título do post. E acho que no final o Ryu da espada de madeira vai descobrir isso. :o)

sexta-feira, janeiro 16, 2004

Die CLAMP, Die!

Porque a pessoa que é só a pessoa só para mim será a pessoa só para a minha pessoa só para mim da pessoa só da pessoa só para mim, e a pessoa só para mim será só para mim e eu só para a pessoa que é a pessoa só para mim e FODA-SE!

Agora é oficial: EU SÓ FAÇO MERDA!

Auto-explicativo.

quinta-feira, janeiro 15, 2004

Tirinha

Jedi mouse.

Primeiras impressões

Primeiras impressões são interessantes. A gente tava falando disso hoje. Não lembro de muitas, dos meus amigos mais próximos só lembro de poucas. Lembro do Fábio, que tava com uma camiseta do Smiths (ou Cure, sei lá) na semana dos calouros e por isso (vai entender!) eu achei que ele era veterano. Da Sabrina, com um puta cabelão e eu achando que ela era menininha demais quando a gente foi buscá-la no metrô pra ir pra casa da Bárbara (de quem minha primeira impressão foi que era grande e alta). Da Cindy e daquele silêncio estranho de quem não se conhece bem ainda e que eu super-fui com a cara dela, ali no bloco H. Da Márcia com aquele cabelinho de semi-rabo-de-cavalo e aquele jeito luanga-sorridente de ser na Feira Hype. Do Jota foi ruim, porque eu achei ele adulto e chato, depois fui descobrir que ele é bobo e legal. O Koiller não vale porque minha primeira impressão foi na verdade descobrir que eu já conhecia ele. Nem o Cleber, porque eu já conhecia a fama do figura.

Pô, teve também a decepção com o Biaggio. E tem umas mais recentes, também interessantes, mas como diz o outro "deixe para lá".

Mais um post sem sentido

Minha mãe tinha um quadro com uma foto do Lênin discursando (minha mãe é ex-partidão) com uma legenda "Sonhos, acredite neles". Aí isso me lembra três coisas. A primeira é que eu percebi bem recentemente que eu estou sempre andando nos meus sonhos. Ou correndo. E isso já vem de muito tempo, meus sonhos sempre foram assim. Tanto que antigamente meus pesadelos eram de ficar imóvel, tentar sair do lugar sem conseguir. Agora eu já me mexo, agora eu fujo. Daqui a pouco eu nem fujo mais, só meto a porrada. ;oP

A outra coisa são os adesivos "Eu acredito em duendes". Eu sempre achei que meu irmão que tinha inventado o "Eu atropelo duendes". Não sei se é verdade, mas prefiro continuar acreditando. Se é que isso é uma escolha. É, não é? "Sonhos, acredite neles". Pode parecer místico, mas na verdade é coisa de psicos. Eu acredito que a gente escolhe as coisas nas quais a gente acredita. ;o) E eu gosto de sonhar porque eu sempre descubro coisas legais nos meus sonhos. :o)

O que me leva à terceira coisa, a rádio-cabeça. Porque eu também sempre descubro coisas interessantes prestando atenção nas músicas da minha cabeça. E eu tenho estado com umas três músicas tão fofas... Só que uma eu não sei o nome. E uma é You really got me , do Kinks. A outra é Summer Looser Boy, do Canal Magdalena. "E solamente así se puede ser feliz aqui, perdiendo el control." Ah, e All the day and all the night. E é isso. Esse vai assim mesmo. E quem não quiser que não leia. :oP

terça-feira, janeiro 13, 2004

Lembrei!

Mais uma coisa estranha aconteceu na Maldita de ontem. A mais estranha das 3, e eu esqueci. Mas agora lembrei. Era final de festa, a pista vazia, só eu e mais uns 2 ou 3 malucos. Tava dançando amarradona quando chega um doido do meu lado, ajoelha, pega minha mão, diz umas coisas que eu não consigo entender (porque eu estava de cara pra caixa de som, numa de bizarro, como diria Alef), dá um beijo na minha mão e fica olhando pra minha cara. Eu digo "Então tá." O cara levanta num pulo e vai embora. Eu viro pra caixa de som e volto pra música. Eu hein... Não sei quem é o mais doido, eu ou ele.

Borboletas são felizes ou Porque os outros são panacas

Então o plano era esse: emendar. Ir pra Maldita e de lá pra casa, tomar banho e sair de novo. Não dormir. Esse era o plano. E continua sendo. São quase 6 horas da manhã e eu não vou me dar ao trabalho de deitar pra dormir menos de 2 horas.

Mas indo direto ao ponto, eu acho que faz tempo eu não ia numa festa tão boa. Caraca, tava bom demais. Só música boa! My bloody! Iei! :oD Só coisas boas a noite toda. Mas como sempre o final é melhor. Sempre é, porque fica mais vazio e o tio começa as coisas-fofas-e-bonitas pra dançar com calminha. E aí tive de novo aquele pensamento Homer "Todos são idiotas, menos eu." Porque quando tudo fica bonito neguinho decide que é hora de jogar atari, chupar pirulito, coçar o dedão do pé, picar a mula, enfim fazer qualquer coisa menos aproveitar o bonito. Bando de manés. Mas eu te perdôo, Julio Pedro. E ainda bem que não te deixei me arrastar dali.

Foi meio surreal a coisa, porque quando JP foi embora me dei conta de que tinha 8 reais na carteira. E já tinha consumido 10. Caraca, comecei a olhar, semi-desesperada, catando algum conhecido. Subi as escadas, não encontrei nem o Rafael e já tava quase desistindo quando avisto quem? Quem? O Sempre-presente, o Imutável, o Reconfortante Fernando! Sim! E agora devo 5 pilas pra ele. Ah sim, e com o inusitado da coisa, ele até sorriu. :o) Outra coisa estranha foi Codá aparecendo do nada. Pior ainda que por causa das luzes piscantes - malditas luzes piscantes! - eu quase dei um beijo na boca dele quando ele ia embora. Consegui desviar a tempo, mas acho que resvalou um pouquim... Enfim, foi mal tiu.

Mas as borboletas são felizes porque não são panacas e eu tô comendo pão de forma puro. O que não faz a fome... Que foi, aliás, o motivo pelo qual eu fui embora. Isso e o cansaço. Mas fui com pena, me arrependi até. Porque tava demais de bom. Viu Sabrina?

Cara, mas eu adoro boate vazia. É tão bom não precisar abrir os olhos... Não sei quem disse, que eu só gosto de coisas falidas. Deve ser verdade porque minha festa favorita sempre foi a Limão, no Barman. Mas talvez também pela época, né? Enfim, saudosismo e talz. Por falar em saudosismo, bateu mó saudade da Geisy quando tocou Tindesticks. O melhor filme que eu já vi, ela que me levou pra ver. Trouble everyday.

Mas taí, é legal voltar a sair e dançar e tal depois de um longo inverno. Tá, ficou brega, mas é pra ser poético. E vou parar por aqui que já tá grande pacas e ninguém vai ter mesmo saco de ler tudo.

segunda-feira, janeiro 12, 2004

Sleep Deprivation

De quarta pra quinta-feira, semana passada eu não dormi. Nada. Diferente do que tem acontecido ultimamente, eu até que tentei. Apaguei a luz, deitei na cama e comecei a tossir. Muito, insuportável. Quando deu umas 6 da manhã eu desisti e fui ler jornal. Então eu fiquei podrona durante o dia. Mas, responsável como só eu sou, fui pro IMPA assim mesmo. Fui meio dormindo no ônibus, batendo a cabeça na janela, essas coisas. Mas cheguei no IMPA ilesa. Então tava eu lá, andando num corredor e passei pelo cara de macacão cavando e... cara de macacão? Cavando? No meio do corredor do IMPA? Não, isso não faz sentido. Mas eu vi! Aí caiu a ficha, eu realmente tinha visto o cara de macacão cavando... uns 20 minutos antes, quando eu ainda tava no ônibus! Caraca, a imagem demorou mais de 20 minutos pra chegar no meu cérebro. Sinistro!

Daí achei um texto legal no Leftorium sobre Sleep deprivation, que foi o motivo de contar essa estorinha besta aí de cima. Besta mas verdadeira, eu juro!

Errata: Depois que lembrei que não tinha sido só um dia sem dormir, na verdade foram umas 8 horas de sono em 48 horas. Aí faz mais sentido, né?

Panda bear

"A panda bear walks into a bar and sits at a table, and orders a burger and a beer. The waiter brings it out. So the panda eats his meal, and asks for the check. He pays the bill, leaving a generous tip, and when the waiter comes back for the check, the panda stands up and shoots the waiter. He then proceeds directly to the door, but the bartender stops him and asks why he shot the waiter. The panda replied, "I'm a panda. Look it up."
So the bartender looks it up and sure enough, he read:

Panda Bear - Native to southeast Asian forests and grasslands. Distinctive white and black patches. Eats shoots and leaves"

Vale a pena visitar o sáite de onde tirei isso. Muitas coisas bacanas. Tá, essa não foi das melhores, mas eu gostei. E tem coisas legais lá, tem sim.

domingo, janeiro 11, 2004

Meu ahn... "parente"

Eu tenho um ahn... "parente" protagonista de algumas das estórias mais bizarras que eu já presenciei. Um dia eu explico aqui o Principe Vinícius. Porque eu tava lendo o Cascão (não o garoto, a revista) e aparece uma daquelas estórias chatas do Penadinho... Tá, encurtando: a porta da ambulância abre e a maca sai rolando, cai no cemitério e os manés confundem o muminho com o doente. Até aí tudo bem. Lá pelas tantas a gente descobre que o cara (o doente) tinha pulado numa piscina vazia. E aí eu chego onde quero chegar.

O meu "parente" tinha seus 7 anos, estávamos num clube no interior de Minas, todos felizes na piscinona dos adultos. Eu disse felizes porque normalmente os adultos não iam deixar a gente estar ali, mas a piscina de crianças estava sem água. Não é que de repente, do meio do nada, o "parente" sai da piscinona, desenbesta a correr que nem um doido e mergulha... na piscininha... sem água! E de cabeça! Ele mergulhou de cabeça numa piscina sem água! Daí dana de correr adulto e o moleque lá, caído, todo mundo meio desesperado. Levam ele pro hospital, fazem mil exames. Aí tá ele e a mãe, na sala de espera vendo tv, esperando (que é o que se faz na sala de epera) o médico voltar, quando a mãe pergunta pra ele: "Você sabe que programa é esse que tá passando, ô garoto?" E ele: "Lupulimpimclapatopo." E a mãe fica histérica "Meu deus! O moleque perdeu um parafuso! Não fala coisa com coisa!". E foi assim que minha família processou a Lucinha Lins e o Cláudio Tovar e enriqueceu às custas da Globo.

Tá, o final não é verdade, mas finais são sempre chatos e mentir não é pecado.

sábado, janeiro 10, 2004

Super Vicky

Então eu achei um lugar com fotos e alguns episódios completos da Super Vicky. Bacaninha...

sexta-feira, janeiro 09, 2004

Pedrinho

A hora das refeições
era sempre um suplício,
Pedrinho nunca tinha fome
e comer pra ele era um sacrifício.

Foi assim que o menino,
que um dia já foi Pedrão,
acabou virando Pedrinho
ou pros amigos, Magrão.

Um dia de primavera
de repente começou a ventar
e estando o menino à janela,
o vento o jogou ao ar.

Será sorte ou azar de Pedrinho
o que aconteceu naquele dia?
Pois agora ele vive no morro
com uma preta chamada Maria.

Ele não vai mais à escola,
nem precisa usar sapato.
Passa os dias jogando bola
ou vendendo limão no asfalto.

Pedrinho até que é feliz
vivendo com a preta Maria.
Mas de noite pensa na mãe
e vejam que ironia,
ele agora sente fome
a cada minuto do dia.

Ana

O menino mais bonito
Ana já sabe qual é.
O amor da sua curta vida
é um garoto chamado Zé.

Mas com apenas sete anos
não percebe que a rejeição
não pode ser resolvida
com ajuda de um facão.

Agora Ana não entende
o porquê de tanto berreiro.
"Eu só machuquei ele
porque ele me machucou primeiro".

Olha o malvado para tanto mal fazer a gente precisa ser mesmo hipócrita.

Sim, esse post só tem título.

quinta-feira, janeiro 08, 2004

Raquel-André

Raquel não usa vestido
nem brinca de elástico,
seu brinquedo preferido
é um revólver de plástico.

Cortou seus cabelos loiros,
e trocou por bodoque sua boneca
com um garoto franzino
a quem chamavam Meleca.

Raquel já foi menina,
mas agora tudo mudou.
Foi cedo, aos 11 anos,
que ela se rebelou.

Desde aquela tarde quente
em que seu tio a fez mulher,
sempre se apresenta dizendo
"Olá, meu nome é André."

quarta-feira, janeiro 07, 2004

Raul e o hamster

Mais do que video-game
mais do que Comandos em Ação
do que Raul mais gostava
era seu hamster de estimação.

Numa pequena esfera de plástico
o hamster Raul sempre trazia.
E ficava feliz com o sucesso
que o pequeno roedor fazia.

Uma triste manhã de sábado
Raul acordou molhado
e olhando o lençol
para ver se tinha mijado
o menino encontrou
seu hamster esmigalhado.

terça-feira, janeiro 06, 2004

Danilo

Danilo era um bom menino.
Ajuizado, não se metia em briga
mesmo quando os outros garotos
o chamavam de Senhor Barriga.

Danilo gostava de pizza, de bolo e coca-cola.
Gostava de sorvete e odiava a escola.
Porque lá não tinha amigos e na hora do recreio
sentava sozinho num canto, comendo biscoito com recheio.

Um dia no intervalo, o convidaram para brincar.
Olhinhos brilhando, perguntou "Verdade? Posso jogar?"
Ao que os outros responderam, rindo sem parar
"Claro, você é a bola. Comece a quicar."


Danilo e o avô

Um dia vovô ficou doente,
com enfisema de tanto fumar.
Mas quando quase por milagre
saiu da UTI e voltou para o lar,
Danilo ficou contente,
achou que ia estourar
e entrou na sala correndo
para o avô saudar.

Pulou no colo do velho
derrubando o ancião
E a família estupefata
viu os dois caindo no chão.

Os adultos no velório consolavam o menino
"Coitado! Era velho, e morreu de emoção."
Mas o atestado de óbito friamente afirmava
que uma costela quebrada lhe perfurou o pulmão.

segunda-feira, janeiro 05, 2004

Portão

Quando eu estava descendo a escada de pedra e estava sol, um dia lindo, e era uma escada de pedra com uma parede de rocha nua com apenas algumas samambaias e a outra parede não existia, mas quando eu estava descendo a escada de pedra, numa curva da escada, numa sombra, eu percebi que eu estava de biquíni, e . Em o sutiã. Eu percebi e senti vergonha e cruzei meus braços tentando esconder. Mas ninguém pareceu se importar, as pessoas passavam por mim sem notar, e algumas pessoas estavam nuas - uma senhora gorda com uma cara feliz vestia apenas uma viseira amarela - ou semi-nuas. E ninguém se importava. Então descruzei os braços e continuei descendo.

A escada acabava na sombra e me virei e fui para o sol, para a piscina. Era uma piscina gigantesca e estava um dia lindo. Lembro que Clara estava vestida e não quis se molhar. Cacá e Bel já estavam na água e minha mãe sentou numa beirada. Eu entrei na piscina e andei e andei e andei. Eu queria chegar do outro lado e tomei o caminho da diagonal. Cruzei com crianças brincando e me desviei de pedalinhos. E andei e andei e andei. Até que cheguei do outro lado e saí do mar. E olhei em volta, tinha poucas pessoas por ali. E virei de costas e vi o portão aberto.

domingo, janeiro 04, 2004

Mosquito

Que legal, que legal! Acabei de matar um mosquito que não morreu! :oD Pô, véio... nunca tinha conseguido isso antes. E olha que eu nem queria, já que hoje eu tava toda má. Mas agora fiquei feliz. Que motivo idiota, né? Ainda mais porque se eu tentei de verdade matar a porra do mosquito, então eu fiquei feliz com o meu fracasso... Enfim, é isso. Ah, Resmungo? Seu Madruga é Rei é o que há.

Metralhadora

Hoje eu não estou legal. Pronto, avisados. Não sei que merda me deu, mas uma metralhadora seria bem vinda. Não, seus babacas, não estou "naqueles dias". (Expressãozinha idiota... Putza! Mais idiota é esse inhoinho. Pára com isso, porra!) Raiva do mundo não tem motivo. Quer dizer, tem. Sempre tem, nem que seja o mundo. Um professor meu metido a esperto disse uma vez que o cara se mata porque não pode matar o mundo. Uma bomba atômica resolvia a questão. Parte dela, pelo menos. E hoje minha mãe fica surpresa de saber que na sétima série eu tinha uma daquelas listas de "quem deve morrer pra fazer desse mundo um lugar melhor".

Tá, tá não tô falando em suicídio. Eu até faria isso. Não descarto a alternativa. A morte é um ótimo consolo. Mas não quero morrer, eu gosto de viver. Nem que por inércia. Porque inércia é fato. Poucas pessoas viram vacas, por exemplo. Quase todo mundo que nasce gente, morre gente. Mas isso não vem ao caso. O caso era a raiva do mundo. Mas não de nada nem ninguém em específico. Mentira, de muita gente e muitas coisas em específico. Pra quê blog, se você vai mentir? Claro que omissão é sempre importante, não vou a esta altura da vida ser vista como doida.

A raiva da vida. Sim. Raiva de mim, será? Raiva dos meus padrões de comportamento. Será que todo mundo é assim? Será que todo mundo faz sempre as mesmas coisas, se interessa pelas mesmas pessoas, erra os mesmos erros? Sempre, durante toda a vida da pessoa? Será? Que merda. Deprimente.

Mas agora enchi o saco de escrever e vou procurar coisa melhor pra fazer. Como diria Liberdade "A vida é simples, as pessoas é que complicam." (Não sei se ela já disse algo assim, mas soa como algo que ela diria). Ah, pra quem não conhece Liberdade tem foto dela aí embaixo.


sexta-feira, janeiro 02, 2004

Seu Madruga

Isso eu nunca tinha visto antes: cosplay do Seu Madruga. Só faltou aquele bigode amarelo e o tenis surrado de skatista. Mas que tá legal, tá. Nem que pelo inusitado da coisa. Comparem com o original.

Se o Lúcifer não é o melhor personagem de quadrinhos dos últimos tempos, então quem é? O cara é debochado, cínico, bonito, poderoso e agora tem asas de novo! É um puta personagem. Do tipo sacana, do tipo que te dá raiva mesmo. Porque ele é filho da puta, mas um filho da puta com estilo.

Mas não era nada disso que eu ia dizer. Ou escrever, tanto faz. Porque eu poderia ter um daqueles... ah, tanto faz! "Que se dane, que se dane!" Às vezes eu penso no quanto é idiota fazer citações que ninguém, ninguém vai entender. Mas continuo fazendo. Enfim. Esqueci o que eu ia dizer. Ou escrever, tanto faz.

Engraçado as coisas que a gente lembra. Eu lembro da pergunta do rei "What did trolls lack?" e até da resposta "heart"; um anúncio de salsichas; "come, cospe e ainda dá porrada!"; do dia que eu caí no chafariz e levei esporro; do saudoso Bolota, o hamster mascarado; da primeira vez que eu vi Yonda-cabeluda; dadink e questão honrosa...

Caramba, esse post ficou estranhíssimo mas vai assim mesmo. Que se dane, que se dane!