domingo, abril 25, 2004

Meu fim de semana à la K

Tudo que eu fiz nesse fim-de-semana foi ler. Isso não é verdade, mas é uma aproximação bastante precisa. Eu fui ao cinema também. E eu lavei muitas máquinas de roupa. Mas tudo que eu fiz foi ler e ouvir música. Comecei na sexta-feira, com Lovecraft e Rolling Stones. Depois passei pro Apanhador no Campo de Centeio - que eu nunca tinha lido e gostei bastante, mais pelo estilo do autor que por uma possível identificação com o personagem principal - e muito jazz. E Morrissey, um pouquinho. Fui dormir tarde e acordei tarde. Sábado vi o Anti-herói americano. Muito bom, apesar duma hiena na platéia. Foi bacana porque o livro terminou na horinha certa de apagarem as luzes. Depois comprei mais dois livros. Um Shakespeare em inglês cheio de notas de rodapé e que eu acho estar acima da minha capacidade, mas foda-se. E um livro russo, que eu nunca tinha ouvido falar antes e que comprei pelo título e por como ele começa e estou lendo agora e o autor é super simpático. Tem um capítulo que ele começa a se justificar na escolha do seu herói, que é feio, baixinho, tem as pernas tortas e as orelhas vermelhas e além de tudo é meio burro. O autor é o máximo. Genial. Taí uma palavra que espero reincorporar ao meu vocabulário. Acho que é isso. O post não ficou nada parecido com o que eu tinha pensado, mas também, o que é?

ps.: Num sei se esse "a" do título devia ter acento, então botei assim mesmo...

quinta-feira, abril 22, 2004

Borges

Eu estava relendo o Livro de Areia, quando me deparei com aquele conto "There are more things" (Já leu, Heitor?) que ele dedica ao H. P. Lovecraft. Eu já achei legal isso, porque dessa vez reconheci a criatura. Daí hoje de manhã que eu fui me dar conta do quanto o Borges é foda; Borges é foda demais. Porque ele não só presta homenagem com o tema do conto, mas também com o estilo. Sim! Ele copia o estilo do Lovecraft (pelo menos foi o que me pareceu, pessoas mais experientes em Lovecraft, me corrijam por favor). Aquele estilo cheio de adjetivos, cheio de firulas, que fica o tempo todo dizendo o quanto tudo é terrível. E que faz parecer que no fundo tudo é mais bobo do que realmente é. Eu, que não gostava desse conto, passei a gostar. Não gostava porque não reconhecia nele o Borges que eu gosto. O estilo do Borges, o estilo de lidar com o sobrenatural como se fora natural. Mas ainda está lá o Borges que tem a idéia, e inventa uma estória pra sua idéia. Pra não ser só a idéia. Pra não ser chato, nem bobo. O melhor exemplo disso é O Alef. O Alef, a única idéia ali, é o alef. E pra descrevê-lo ele não gasta mais que algumas folhas. Mas tudo antes e depois da visão do alef é a estória propriamente dita, que é boa e independe da idéia. É como se ele tivesse a idéia e construísse uma casa pra idéia morar. É isso. Borges é foda. Pra quem não conhece e quer conhecer, eu sugiro o Ficções.

segunda-feira, abril 19, 2004

Sonho colorido

Então eu estava numa gincana com mais alguém e a Jutta. E era uma gincana dessas de pegar jipe e ir em lugares e a gente tinha que estar num determinado lugar até determinada hora. Aí uns outros participantes disseram que a gente deveria pegar um certo caminho, porque era melhor e tal. Claro que acreditamos. Afinal, por que eles iriam mentir pra nós? Pois é, mentiram. Foi o maior perrengue, passamos no meio duma selva. Subimos uma pirâmide e tudo. Passamos em areia movediça. E eu achando que não iamos conseguir, porque a Jutta ficava pra trás e já estava cansada. Bom, no final de tudo, conseguimos chegar a tempo no tal lugar. Acho que fomos os últimos a chegar. E quando chegamos eu e a outra pessoa da equipe começamos a procurar os caras que tinham dado o caminho errado pra gente, meio putos. Já a Jutta, simplesmente sentou numa poltrona com o walkman nas orelhas e fazendo palavras cruzadas, nem aí pro mundo. Bom, não lembro se achamos as tais pessoas. Acho que não porque o despertador tocou e eu acordei. Mas o mais legal é que esse sonho foi todo em rosa-choque, verde-bandeira e um azul meio claro, como de céu. Como de uma camiseta que eu vi hoje.

sábado, abril 17, 2004

Atendendo a pedidos

* Apareceu uma pinta no meu braço direito. Perto do pulso. É altinha a pinta. Será que é cancer?

* Mais um preconceito meu vai por terra: descobri que Rolling Stones é bacana. Mais que bacana, é muito bom mesmo. Tem uma música chamada She's a rainbow que é a minha cara. She comes in colors ev'rywhere; She combs her hair; She's like a rainbow. Com a diferença que eu não penteio o cabelo.

* Aliás faz tanto tempo que eu não penteio o cabelo que só recentemente me dei conta que não tenho pente.

* Por falar em conta, as minhas estão funcionando, mas nem era issoq ue eu ia dizer. Ia dizer que ando tão alienada - sem ler jornal nem ver tv - que tava completamente por fora dessa guerra na Rocinha. Será que ainda tá feia a coisa por lá?

* E no assunto preconceitos: um viva pra mim, ontem dancei forró! :oPPP

sábado, abril 03, 2004

Mais um só

Putz, eu sei que isso já é post demais e eu já deiva estar dormindo. (Coisa mais nerdscrota postar às 2:30 na madrugada...) Mas achei um troço muuuito legal. Olha: the creatures in my head. O de hoje é muito legal.

Consegui!

Baixei finalmente a versão do Yo la Tengo. Antes só tava com a do Beat Happening...
The Sandman is bringing me a special gift, a sleep-dream memory of a first kiss. Cast a shadow in my direction. Cast a shadow in my direction...
Cast a shadow over here, we'll make shadow plays, we'll dig shallow graves...

Cast a shadow in my direction

De onde vem isso? Tô com Cast a Shadow na versão Yo la tengo na cabeça direto! Tsc. Pior que nem consigo baixar esse diabo dessa música, só tenho numa fita velha que o Fabio me deu...

sexta-feira, abril 02, 2004

Adultices

Hoje um sujeito me perguntou à sério: "Ih, caraca! Ainda existe turma da Mônica?". Que absurdo! Será que algum dia eu vou ficar assim tão adulta a ponto de não saber o que é Hamtaro e que ainda existe turma da Mônica?