segunda-feira, junho 27, 2005

Sonhos, acredite neles

A coisa que eu acho mais esquisita de sonhos é quando eu acordo e não lembro de nada, exceto uma cor ou uma imagem ou uma sensação. Eu sonhei essa noite, não lembro com o que, mas o sonho era azul e vermelho, cúbico, as cores meioque nas diagonais, tava num canto da sala e na penumbra. Provavelmente o sonho não foi isso, provavelmente teve uma estória, mas o que me ficou do sonho foi essa imagem. Esquisito, né? E aí, como intepretar uma porra dessas?

domingo, junho 26, 2005

Ah Dindi

Eu me lembro da primeira vez em que eu percebi que, na minha cabeça, músicas querem dizer coisas, músicas sempre fazem sentido. Eu tô falando daquela música que fica que nem chiclete - apesar de não ser uma música chiclete - na minha cabeça por dias a fio, ou insistentemente por um dia inteiro. E eu achei tão legal quando percebi. Quer dizer, não foi legal, eu tava triste pra caralho, mas foi bacana perceber o tal do inconsciente agindo. A música era There´s no other way, do Blur.

Daí depois disso eu sempre presto a maior atenção nessas músicas chiclete; algumas vezes isso já me ajudou a perceber coisas importantes. E eu fico pensando se é todo mundo que tem isso assim ou se sou só eu. Eu sempre tendo a achar que nada sou só eu, que se tanto as pessoas só ainda não perceberam isso nelas. O que é bem possível, porque foi só depois que eu notei que eu vi o quanto era óbvio desde o início. Como aliás são a maioria das coisas. Por isso que interpretar sinais é tão difícil. Porque um sinal só quer dizer uma coisa e são tantas as possibilidades! O óbvio é só um e existem tantas possibilidades e a gente nunca acha que o cara mais suspeito vai mesmo ser o assassino. Eu passei o dia todo com Dindi tocando de memória e eu já sei o que isso significa, sei mesmo. Só o que eu não sei é todo o resto.

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Ah! Dindi Se soubesses do bem que eu te quero O mundo seria, Dindi
Tudo, Dindi, Lindo Dindi
Ah! Dindi Se um dia voce for embora me leva contigo, Dindi
Fica, Dindi, olha Dindi
E as águas deste rio aonde vao eu nao sei A minha vida inteira esperei, esperei
Por voce, Dindi, Que é a coisa mais linda que existe Voce nao existe, Dindi
Olha Dindi, Adivinha Dindi, Deixa Dindi, Que eu te adore Dindi... Dindi

sábado, junho 04, 2005

Porque sim

Só porque eu estou me sentindo melancólica agora. E porque estou me sentindo bem. E porque melancolia é coisa boa, e cerveja tamb&eaacute;m. Me deu vontade de escrever, eu podia nem postar, mas o zerot diz preu escrever mais, vamos então agradar ao zerot, pra ver se ele trata bem meus livros. :P

Acho impressionante como só me proponho a escrever quando não tenho absolutamente nada a dizer. E fico aqui, enrolando. Pelo menos eu enrolo bem, isso eu sei.

Eu cortei o cabelo e acho que ficou legal, acho que descobri um jeito de dar um jeito na minha dificuldade de comunicação: pedi e Sabrina cortou. Ficou massa. Eu nunca sei me explicar então é bom que seja alguém de bom gosto, e alguém barato. Se ficasse uma merda, pelo menos não paguei por isso. Acho que é falta de vocabulário, a dificuldade de comunicação. Eu tembém nunca sei explicar roupa pra costureira. Por isso tenho umas 6 camisetas iguais.

E mesmo, falando em comunicação, acho que ando bem melhor. Impressionante, eu falo e as pessoas entendem. Sebemque, algumas vezes eu nem sei o que disse. Mas funciona e é o que importa.

Não sei de onde vem, a melancolia, mas me deu uma puta saudade de Magaroa. E é ainda mais legal porque ninguém conhece. Magaroa é só minha. A Talita era só minha também, daí eu descobri alguém - quem foi mesmo? foi Drummond? - que usou a mesma cartilha. Não importa, porque só eu lembro do caranguejo beliscando o pé da Diva. E por isso eu, se tivesse uma filha negra, e se eu fosse bem cafona, ela se chamaria Diva.