sábado, janeiro 31, 2004

Os Animadinhos

O que me leva a escrever esse post é tentar entender os animadores de festa. Aquele cara que fica lá com o microfone na mão dizendo "Vamulá galera! Quero ver todo mundo dançando!" Quer dizer, será que alguém realmente se anima ao ouvir uma coisa dessas? "Uhu, vamulá hein, só alegria! Todo mundo bombando!" Aí você pensa "Ah, puxa. Eu nem estava a fim de dançar, mas essa frase realmente me deixou animada."

Está tendo uma festa aqui no prédio, uma dessas com muita música versão remix e animador animadinho. Quando tocou macho man, o cara ficou gritando o "hey, hey hey". E sabe o pior? Pelo barulho, o povo lá tá gostando. Muitos gritos histéricos. Eu hein, vai entender...

sexta-feira, janeiro 30, 2004

Please please please do not go - over and over and over

Esse post é só pra dizer que eu adoro Violent Femmes. :o)
Ah, e já que eu estou por aqui, vou aproveitar pra descrever em detalhes a famosa cena da manteiga. É assim, está lá o velho sentado no chão comendo queijo. É, queijo. Aí ele vira pra garota "Ô minha filha, pega lá a manteiga na cozinha." Aí a garota vai na cozinha, pega a manteiga e joga no chão na frente do velho. Aí ele diz "Agora vem cá." Aí ela vai. Aí ele abre as calças dela, passa manteiga e come. Não, ele não come as calças. Come a garota. E fica ditando frases de efeito pra ela repetir enquanto isso. "Agora falaí 'Unidos pelo amor constuiremos um Brasil melhor.'" Ela repete "Uni ahn doshu uhhf ah mô conssss truirem ah! uh braahn sil melhó!" E... bom. É isso. Em meio minuto ele acaba e a cena também. Decepcionante. Imagino que pra garota também.

terça-feira, janeiro 27, 2004

A Fantástica fábrica de chocolate

Duas coisas bonitas:
O Tim Burton está fazendo uma refilmagem e eu baixei a trilha sonora do original. Yey! :o) E agora estou ouvindo uma música com os oompa-loompas. :oD

Ah sim, mais uma coisa. Stockholm syndrom saiu da minha cabeça! Yey de novo! :o)) Claro que foi substituída por outra música desconhecida "right back, back in your arms". Quem sabe da próxima Maldita eu descubro.

sábado, janeiro 24, 2004

O pássaro assustado e a solidariedade humana

Lendo um comentário no fotolog de um amigo me lembrei duma cena que eu vi hoje, e resolvi escrever aqui pra não esquecer. Estava andando com minha mãe no Largo do Machado quando vimos uma mulher que perseguia um pássaro. O pássaro era um filhote ainda, e não conseguia andar. Não dava pra entender porque ela o perseguia. O fato é que o passarinho, numa última tentativa desesperada de fugir, se jogou num bueiro. A mulher ficou tão desapontada - só então eu percebi que ela queria pegar o filhote pra devolvê-lo ao ninho, e que ele devia ter caído de uma árvore - mas tão desapontada, que se ajoelhou (e era uma senhora de idade já) e se pôs a tentar arrancar a tampa do bueiro. Mas isso não é o mais interessante, espera-se que a culpa leve uma senhora distinta e católica aisso. O mais interessante é que um homem que assistiu toda a cena conosco, e ficou tão desolado quanto nós quando o pássaro se jogou no bueiro, de repente levantou do banco e foi ajudar a senhora a salvar o pássaro. Nós fomos embora, fomos almoçar e esquecer dos passarinhos suicidas. Pena. Essa era uma daquelas cenas que eu queria ver como acabam...

quinta-feira, janeiro 22, 2004

Poesias para crianças estranhas

As poesias - com respectivos desenhos - estão agora num fotolog que será atualizado todo de-vez-em-quando. :o) Por enquanto, só coisas velhas. Depois que esgotar a velharia, coisas novas, espero.

quarta-feira, janeiro 21, 2004

Olga

Das meninas que eu conheço
Olga é a mais estranha.
Ela veste suas bonecas
com finas teias de aranha.

No quarto ela guarda insetos
e sua coleção de coisas tortas
e um livro velho e grosso
recheado de folhas mortas.

Olga não fica triste,
mas nunca a vi sorrir,
exceto uma tarde na praia
pro velho que vendia caquis.

Não sei se isso é normal
pois nunca me senti assim,
mas agora estou sempre tentando
fazer Olga sorrir pra mim.

terça-feira, janeiro 20, 2004

Achei! Achei a minha música!!!

Stockholm syndrom - Yo la Tengo

What's the matter, why don't you answer
What's the matter with me
Cause it's so hard to be
Free and easy, we'll disappear completely
Hardly as I've known it's glad

You're heart is broken, and the doors are open
As you're hoping to be
There's brighter places to see
Hands need warning, early in the morning
Hardly as I've known a surprise

No, don't warn me
I know it's wrong, but I swear it won't take long
And I know, you know,
It makes me sigh; I do believe in love

Another season, but the same old feelings
Another reason could be
I'm tired of aching, summer's what you make it
But I'll believe what I want to believe

Iei! :o)))

You really got me

Girl, you really got me goin'
You got me so I don't know what I'm doin'
Yeah, you really got me now
You got me so I can't sleep at night

Yeah, you really got me now
You got me so I don't know what I'm doin', now
Oh yeah, you really got me now
You got me so I can't sleep at night

You really got me
You really got me
You really got me

See, don't ever set me free
I always wanna be by your side
Girl, you really got me now
You got me so I can't sleep at night

Yeah, you really got me now
You got me so I don't know what I'm doin', now
Oh yeah, you really got me now
You got me so I can't sleep at night

You really got me
You really got me
You really got me
Oh no...

Eu não entendo... se eu chutei o balde por que não consigo esquecer e deixar pra lá e me divertir sem pensar? E por que Kinks não me sai da cabeça? E por que a esperança é última que morre?

domingo, janeiro 18, 2004

Best place is where our friends are

Me lembrei daquela propaganda besta do Karo (era Karo que chamava? aquele troço de passar no pão) com os trapalhões que restavam. A propaganda era em cima duma música sobre amigos. "É bom ter amigos..." ou algo do gênero. Porque o que salva - sempre - são os amigos. Com amigos a gente se diverte mesmo na lama. E é por isso que foi divertido ontem, apesar de ser uma merda. E agora a Sabrina se juntou ao time dos panacas. Viva!

Eu nunca fui de ter muitos amigos, mas sempre fui de ser muito amiga dos meus poucos amigos. Estranho como esas afinidades surgem, quase por acaso. Se eu nunca tivesse ido pro irc, não conhecia Sabrina. Se não tivesse ido nos chats, nem Cindy eu ia conhecer. Se não tivesse no IMPA, meu deus, a vida seria tão diferente... Melhor nem pensar, até porque não era isso que eu queria dizer.

O que eu queria dizer tá no título do post. E acho que no final o Ryu da espada de madeira vai descobrir isso. :o)

sexta-feira, janeiro 16, 2004

Die CLAMP, Die!

Porque a pessoa que é só a pessoa só para mim será a pessoa só para a minha pessoa só para mim da pessoa só da pessoa só para mim, e a pessoa só para mim será só para mim e eu só para a pessoa que é a pessoa só para mim e FODA-SE!

Agora é oficial: EU SÓ FAÇO MERDA!

Auto-explicativo.

quinta-feira, janeiro 15, 2004

Tirinha

Jedi mouse.

Primeiras impressões

Primeiras impressões são interessantes. A gente tava falando disso hoje. Não lembro de muitas, dos meus amigos mais próximos só lembro de poucas. Lembro do Fábio, que tava com uma camiseta do Smiths (ou Cure, sei lá) na semana dos calouros e por isso (vai entender!) eu achei que ele era veterano. Da Sabrina, com um puta cabelão e eu achando que ela era menininha demais quando a gente foi buscá-la no metrô pra ir pra casa da Bárbara (de quem minha primeira impressão foi que era grande e alta). Da Cindy e daquele silêncio estranho de quem não se conhece bem ainda e que eu super-fui com a cara dela, ali no bloco H. Da Márcia com aquele cabelinho de semi-rabo-de-cavalo e aquele jeito luanga-sorridente de ser na Feira Hype. Do Jota foi ruim, porque eu achei ele adulto e chato, depois fui descobrir que ele é bobo e legal. O Koiller não vale porque minha primeira impressão foi na verdade descobrir que eu já conhecia ele. Nem o Cleber, porque eu já conhecia a fama do figura.

Pô, teve também a decepção com o Biaggio. E tem umas mais recentes, também interessantes, mas como diz o outro "deixe para lá".

Mais um post sem sentido

Minha mãe tinha um quadro com uma foto do Lênin discursando (minha mãe é ex-partidão) com uma legenda "Sonhos, acredite neles". Aí isso me lembra três coisas. A primeira é que eu percebi bem recentemente que eu estou sempre andando nos meus sonhos. Ou correndo. E isso já vem de muito tempo, meus sonhos sempre foram assim. Tanto que antigamente meus pesadelos eram de ficar imóvel, tentar sair do lugar sem conseguir. Agora eu já me mexo, agora eu fujo. Daqui a pouco eu nem fujo mais, só meto a porrada. ;oP

A outra coisa são os adesivos "Eu acredito em duendes". Eu sempre achei que meu irmão que tinha inventado o "Eu atropelo duendes". Não sei se é verdade, mas prefiro continuar acreditando. Se é que isso é uma escolha. É, não é? "Sonhos, acredite neles". Pode parecer místico, mas na verdade é coisa de psicos. Eu acredito que a gente escolhe as coisas nas quais a gente acredita. ;o) E eu gosto de sonhar porque eu sempre descubro coisas legais nos meus sonhos. :o)

O que me leva à terceira coisa, a rádio-cabeça. Porque eu também sempre descubro coisas interessantes prestando atenção nas músicas da minha cabeça. E eu tenho estado com umas três músicas tão fofas... Só que uma eu não sei o nome. E uma é You really got me , do Kinks. A outra é Summer Looser Boy, do Canal Magdalena. "E solamente así se puede ser feliz aqui, perdiendo el control." Ah, e All the day and all the night. E é isso. Esse vai assim mesmo. E quem não quiser que não leia. :oP

terça-feira, janeiro 13, 2004

Lembrei!

Mais uma coisa estranha aconteceu na Maldita de ontem. A mais estranha das 3, e eu esqueci. Mas agora lembrei. Era final de festa, a pista vazia, só eu e mais uns 2 ou 3 malucos. Tava dançando amarradona quando chega um doido do meu lado, ajoelha, pega minha mão, diz umas coisas que eu não consigo entender (porque eu estava de cara pra caixa de som, numa de bizarro, como diria Alef), dá um beijo na minha mão e fica olhando pra minha cara. Eu digo "Então tá." O cara levanta num pulo e vai embora. Eu viro pra caixa de som e volto pra música. Eu hein... Não sei quem é o mais doido, eu ou ele.

Borboletas são felizes ou Porque os outros são panacas

Então o plano era esse: emendar. Ir pra Maldita e de lá pra casa, tomar banho e sair de novo. Não dormir. Esse era o plano. E continua sendo. São quase 6 horas da manhã e eu não vou me dar ao trabalho de deitar pra dormir menos de 2 horas.

Mas indo direto ao ponto, eu acho que faz tempo eu não ia numa festa tão boa. Caraca, tava bom demais. Só música boa! My bloody! Iei! :oD Só coisas boas a noite toda. Mas como sempre o final é melhor. Sempre é, porque fica mais vazio e o tio começa as coisas-fofas-e-bonitas pra dançar com calminha. E aí tive de novo aquele pensamento Homer "Todos são idiotas, menos eu." Porque quando tudo fica bonito neguinho decide que é hora de jogar atari, chupar pirulito, coçar o dedão do pé, picar a mula, enfim fazer qualquer coisa menos aproveitar o bonito. Bando de manés. Mas eu te perdôo, Julio Pedro. E ainda bem que não te deixei me arrastar dali.

Foi meio surreal a coisa, porque quando JP foi embora me dei conta de que tinha 8 reais na carteira. E já tinha consumido 10. Caraca, comecei a olhar, semi-desesperada, catando algum conhecido. Subi as escadas, não encontrei nem o Rafael e já tava quase desistindo quando avisto quem? Quem? O Sempre-presente, o Imutável, o Reconfortante Fernando! Sim! E agora devo 5 pilas pra ele. Ah sim, e com o inusitado da coisa, ele até sorriu. :o) Outra coisa estranha foi Codá aparecendo do nada. Pior ainda que por causa das luzes piscantes - malditas luzes piscantes! - eu quase dei um beijo na boca dele quando ele ia embora. Consegui desviar a tempo, mas acho que resvalou um pouquim... Enfim, foi mal tiu.

Mas as borboletas são felizes porque não são panacas e eu tô comendo pão de forma puro. O que não faz a fome... Que foi, aliás, o motivo pelo qual eu fui embora. Isso e o cansaço. Mas fui com pena, me arrependi até. Porque tava demais de bom. Viu Sabrina?

Cara, mas eu adoro boate vazia. É tão bom não precisar abrir os olhos... Não sei quem disse, que eu só gosto de coisas falidas. Deve ser verdade porque minha festa favorita sempre foi a Limão, no Barman. Mas talvez também pela época, né? Enfim, saudosismo e talz. Por falar em saudosismo, bateu mó saudade da Geisy quando tocou Tindesticks. O melhor filme que eu já vi, ela que me levou pra ver. Trouble everyday.

Mas taí, é legal voltar a sair e dançar e tal depois de um longo inverno. Tá, ficou brega, mas é pra ser poético. E vou parar por aqui que já tá grande pacas e ninguém vai ter mesmo saco de ler tudo.

segunda-feira, janeiro 12, 2004

Sleep Deprivation

De quarta pra quinta-feira, semana passada eu não dormi. Nada. Diferente do que tem acontecido ultimamente, eu até que tentei. Apaguei a luz, deitei na cama e comecei a tossir. Muito, insuportável. Quando deu umas 6 da manhã eu desisti e fui ler jornal. Então eu fiquei podrona durante o dia. Mas, responsável como só eu sou, fui pro IMPA assim mesmo. Fui meio dormindo no ônibus, batendo a cabeça na janela, essas coisas. Mas cheguei no IMPA ilesa. Então tava eu lá, andando num corredor e passei pelo cara de macacão cavando e... cara de macacão? Cavando? No meio do corredor do IMPA? Não, isso não faz sentido. Mas eu vi! Aí caiu a ficha, eu realmente tinha visto o cara de macacão cavando... uns 20 minutos antes, quando eu ainda tava no ônibus! Caraca, a imagem demorou mais de 20 minutos pra chegar no meu cérebro. Sinistro!

Daí achei um texto legal no Leftorium sobre Sleep deprivation, que foi o motivo de contar essa estorinha besta aí de cima. Besta mas verdadeira, eu juro!

Errata: Depois que lembrei que não tinha sido só um dia sem dormir, na verdade foram umas 8 horas de sono em 48 horas. Aí faz mais sentido, né?

Panda bear

"A panda bear walks into a bar and sits at a table, and orders a burger and a beer. The waiter brings it out. So the panda eats his meal, and asks for the check. He pays the bill, leaving a generous tip, and when the waiter comes back for the check, the panda stands up and shoots the waiter. He then proceeds directly to the door, but the bartender stops him and asks why he shot the waiter. The panda replied, "I'm a panda. Look it up."
So the bartender looks it up and sure enough, he read:

Panda Bear - Native to southeast Asian forests and grasslands. Distinctive white and black patches. Eats shoots and leaves"

Vale a pena visitar o sáite de onde tirei isso. Muitas coisas bacanas. Tá, essa não foi das melhores, mas eu gostei. E tem coisas legais lá, tem sim.

domingo, janeiro 11, 2004

Meu ahn... "parente"

Eu tenho um ahn... "parente" protagonista de algumas das estórias mais bizarras que eu já presenciei. Um dia eu explico aqui o Principe Vinícius. Porque eu tava lendo o Cascão (não o garoto, a revista) e aparece uma daquelas estórias chatas do Penadinho... Tá, encurtando: a porta da ambulância abre e a maca sai rolando, cai no cemitério e os manés confundem o muminho com o doente. Até aí tudo bem. Lá pelas tantas a gente descobre que o cara (o doente) tinha pulado numa piscina vazia. E aí eu chego onde quero chegar.

O meu "parente" tinha seus 7 anos, estávamos num clube no interior de Minas, todos felizes na piscinona dos adultos. Eu disse felizes porque normalmente os adultos não iam deixar a gente estar ali, mas a piscina de crianças estava sem água. Não é que de repente, do meio do nada, o "parente" sai da piscinona, desenbesta a correr que nem um doido e mergulha... na piscininha... sem água! E de cabeça! Ele mergulhou de cabeça numa piscina sem água! Daí dana de correr adulto e o moleque lá, caído, todo mundo meio desesperado. Levam ele pro hospital, fazem mil exames. Aí tá ele e a mãe, na sala de espera vendo tv, esperando (que é o que se faz na sala de epera) o médico voltar, quando a mãe pergunta pra ele: "Você sabe que programa é esse que tá passando, ô garoto?" E ele: "Lupulimpimclapatopo." E a mãe fica histérica "Meu deus! O moleque perdeu um parafuso! Não fala coisa com coisa!". E foi assim que minha família processou a Lucinha Lins e o Cláudio Tovar e enriqueceu às custas da Globo.

Tá, o final não é verdade, mas finais são sempre chatos e mentir não é pecado.

sábado, janeiro 10, 2004

Super Vicky

Então eu achei um lugar com fotos e alguns episódios completos da Super Vicky. Bacaninha...

sexta-feira, janeiro 09, 2004

Pedrinho

A hora das refeições
era sempre um suplício,
Pedrinho nunca tinha fome
e comer pra ele era um sacrifício.

Foi assim que o menino,
que um dia já foi Pedrão,
acabou virando Pedrinho
ou pros amigos, Magrão.

Um dia de primavera
de repente começou a ventar
e estando o menino à janela,
o vento o jogou ao ar.

Será sorte ou azar de Pedrinho
o que aconteceu naquele dia?
Pois agora ele vive no morro
com uma preta chamada Maria.

Ele não vai mais à escola,
nem precisa usar sapato.
Passa os dias jogando bola
ou vendendo limão no asfalto.

Pedrinho até que é feliz
vivendo com a preta Maria.
Mas de noite pensa na mãe
e vejam que ironia,
ele agora sente fome
a cada minuto do dia.

Ana

O menino mais bonito
Ana já sabe qual é.
O amor da sua curta vida
é um garoto chamado Zé.

Mas com apenas sete anos
não percebe que a rejeição
não pode ser resolvida
com ajuda de um facão.

Agora Ana não entende
o porquê de tanto berreiro.
"Eu só machuquei ele
porque ele me machucou primeiro".

Olha o malvado para tanto mal fazer a gente precisa ser mesmo hipócrita.

Sim, esse post só tem título.

quinta-feira, janeiro 08, 2004

Raquel-André

Raquel não usa vestido
nem brinca de elástico,
seu brinquedo preferido
é um revólver de plástico.

Cortou seus cabelos loiros,
e trocou por bodoque sua boneca
com um garoto franzino
a quem chamavam Meleca.

Raquel já foi menina,
mas agora tudo mudou.
Foi cedo, aos 11 anos,
que ela se rebelou.

Desde aquela tarde quente
em que seu tio a fez mulher,
sempre se apresenta dizendo
"Olá, meu nome é André."

quarta-feira, janeiro 07, 2004

Raul e o hamster

Mais do que video-game
mais do que Comandos em Ação
do que Raul mais gostava
era seu hamster de estimação.

Numa pequena esfera de plástico
o hamster Raul sempre trazia.
E ficava feliz com o sucesso
que o pequeno roedor fazia.

Uma triste manhã de sábado
Raul acordou molhado
e olhando o lençol
para ver se tinha mijado
o menino encontrou
seu hamster esmigalhado.

terça-feira, janeiro 06, 2004

Danilo

Danilo era um bom menino.
Ajuizado, não se metia em briga
mesmo quando os outros garotos
o chamavam de Senhor Barriga.

Danilo gostava de pizza, de bolo e coca-cola.
Gostava de sorvete e odiava a escola.
Porque lá não tinha amigos e na hora do recreio
sentava sozinho num canto, comendo biscoito com recheio.

Um dia no intervalo, o convidaram para brincar.
Olhinhos brilhando, perguntou "Verdade? Posso jogar?"
Ao que os outros responderam, rindo sem parar
"Claro, você é a bola. Comece a quicar."


Danilo e o avô

Um dia vovô ficou doente,
com enfisema de tanto fumar.
Mas quando quase por milagre
saiu da UTI e voltou para o lar,
Danilo ficou contente,
achou que ia estourar
e entrou na sala correndo
para o avô saudar.

Pulou no colo do velho
derrubando o ancião
E a família estupefata
viu os dois caindo no chão.

Os adultos no velório consolavam o menino
"Coitado! Era velho, e morreu de emoção."
Mas o atestado de óbito friamente afirmava
que uma costela quebrada lhe perfurou o pulmão.

segunda-feira, janeiro 05, 2004

Portão

Quando eu estava descendo a escada de pedra e estava sol, um dia lindo, e era uma escada de pedra com uma parede de rocha nua com apenas algumas samambaias e a outra parede não existia, mas quando eu estava descendo a escada de pedra, numa curva da escada, numa sombra, eu percebi que eu estava de biquíni, e . Em o sutiã. Eu percebi e senti vergonha e cruzei meus braços tentando esconder. Mas ninguém pareceu se importar, as pessoas passavam por mim sem notar, e algumas pessoas estavam nuas - uma senhora gorda com uma cara feliz vestia apenas uma viseira amarela - ou semi-nuas. E ninguém se importava. Então descruzei os braços e continuei descendo.

A escada acabava na sombra e me virei e fui para o sol, para a piscina. Era uma piscina gigantesca e estava um dia lindo. Lembro que Clara estava vestida e não quis se molhar. Cacá e Bel já estavam na água e minha mãe sentou numa beirada. Eu entrei na piscina e andei e andei e andei. Eu queria chegar do outro lado e tomei o caminho da diagonal. Cruzei com crianças brincando e me desviei de pedalinhos. E andei e andei e andei. Até que cheguei do outro lado e saí do mar. E olhei em volta, tinha poucas pessoas por ali. E virei de costas e vi o portão aberto.

domingo, janeiro 04, 2004

Mosquito

Que legal, que legal! Acabei de matar um mosquito que não morreu! :oD Pô, véio... nunca tinha conseguido isso antes. E olha que eu nem queria, já que hoje eu tava toda má. Mas agora fiquei feliz. Que motivo idiota, né? Ainda mais porque se eu tentei de verdade matar a porra do mosquito, então eu fiquei feliz com o meu fracasso... Enfim, é isso. Ah, Resmungo? Seu Madruga é Rei é o que há.

Metralhadora

Hoje eu não estou legal. Pronto, avisados. Não sei que merda me deu, mas uma metralhadora seria bem vinda. Não, seus babacas, não estou "naqueles dias". (Expressãozinha idiota... Putza! Mais idiota é esse inhoinho. Pára com isso, porra!) Raiva do mundo não tem motivo. Quer dizer, tem. Sempre tem, nem que seja o mundo. Um professor meu metido a esperto disse uma vez que o cara se mata porque não pode matar o mundo. Uma bomba atômica resolvia a questão. Parte dela, pelo menos. E hoje minha mãe fica surpresa de saber que na sétima série eu tinha uma daquelas listas de "quem deve morrer pra fazer desse mundo um lugar melhor".

Tá, tá não tô falando em suicídio. Eu até faria isso. Não descarto a alternativa. A morte é um ótimo consolo. Mas não quero morrer, eu gosto de viver. Nem que por inércia. Porque inércia é fato. Poucas pessoas viram vacas, por exemplo. Quase todo mundo que nasce gente, morre gente. Mas isso não vem ao caso. O caso era a raiva do mundo. Mas não de nada nem ninguém em específico. Mentira, de muita gente e muitas coisas em específico. Pra quê blog, se você vai mentir? Claro que omissão é sempre importante, não vou a esta altura da vida ser vista como doida.

A raiva da vida. Sim. Raiva de mim, será? Raiva dos meus padrões de comportamento. Será que todo mundo é assim? Será que todo mundo faz sempre as mesmas coisas, se interessa pelas mesmas pessoas, erra os mesmos erros? Sempre, durante toda a vida da pessoa? Será? Que merda. Deprimente.

Mas agora enchi o saco de escrever e vou procurar coisa melhor pra fazer. Como diria Liberdade "A vida é simples, as pessoas é que complicam." (Não sei se ela já disse algo assim, mas soa como algo que ela diria). Ah, pra quem não conhece Liberdade tem foto dela aí embaixo.


sexta-feira, janeiro 02, 2004

Seu Madruga

Isso eu nunca tinha visto antes: cosplay do Seu Madruga. Só faltou aquele bigode amarelo e o tenis surrado de skatista. Mas que tá legal, tá. Nem que pelo inusitado da coisa. Comparem com o original.

Se o Lúcifer não é o melhor personagem de quadrinhos dos últimos tempos, então quem é? O cara é debochado, cínico, bonito, poderoso e agora tem asas de novo! É um puta personagem. Do tipo sacana, do tipo que te dá raiva mesmo. Porque ele é filho da puta, mas um filho da puta com estilo.

Mas não era nada disso que eu ia dizer. Ou escrever, tanto faz. Porque eu poderia ter um daqueles... ah, tanto faz! "Que se dane, que se dane!" Às vezes eu penso no quanto é idiota fazer citações que ninguém, ninguém vai entender. Mas continuo fazendo. Enfim. Esqueci o que eu ia dizer. Ou escrever, tanto faz.

Engraçado as coisas que a gente lembra. Eu lembro da pergunta do rei "What did trolls lack?" e até da resposta "heart"; um anúncio de salsichas; "come, cospe e ainda dá porrada!"; do dia que eu caí no chafariz e levei esporro; do saudoso Bolota, o hamster mascarado; da primeira vez que eu vi Yonda-cabeluda; dadink e questão honrosa...

Caramba, esse post ficou estranhíssimo mas vai assim mesmo. Que se dane, que se dane!