sábado, agosto 02, 2008

A fuga

Acordou e ainda era noite. Levantou-se com cuidado, não queria fazer nenhum ruído. Procurou os chinelos no escuro, tateando o chão com os pés. Abriu a porta do quarto devagar e, se guiando apenas pela pequena claridade de meia lua que entrava pela janela, seguiu pé ante pé pelo corredor da casa. Quase tropeçou na ponta do tapete e teve que sufocar um grito quando deu uma topada no rodapé. Já na sala, uma última olhada em volta, em tudo. Resoluta, pegou as chaves no prego da parede, abriu a porta e ganhou as ruas.