Eu costumava achar que eu era a única pessoa que inventava estórias pra si mesma. Aí um dia eu tomei coragem - isso na adolescência - e comentei isso com meu psicólogo. Eu achava que era quase um sinal de loucura. Aí ele falou "ué, e como você acha que os escritores fazem?" Fez sentido. Eu vivo inventando estórias na minha cabeça. Tem vezes que eu faço sequências ótimas mesmo. Diálogos que eu penso "porra, isso tá foda!" Acho que eu não escrevo é só porque eu faço elas pra mim, essas estórias são pra mim. Quer dizer, não é que ninguém vá se interessar, é só que na maioria das vezes não vale o esforço.
E mesmo, o meu forte são os personagens. Ou melhor, é o que eu mais gosto de fazer. Eu tenho, deixa eu contar, sei lá, um monte. Mas tem um que é antigo pra caralho. Nem sei quando ele surgiu. Pelo menos uns... o quê? 6 anos. Se contar que ele veio derivado de outro, põe aí uns 10. E eu sei direitinho o rosto dele. Quando eu era mais nova eu ficava pensando "e se eu esbarrasse com ele na rua. E aí?" E aí? E aí nada, ué. E claro, sempre tem as versões alternativas dos personagens, o que sempre é engraçado. É como você olhar prum amigo teu e pensar. "Hmmm... e se ele fosse cozinheiro, gay e pai solteiro?" Ou "e se ela fosse uma nadadora olímpica?"
Pra que eu comecei esse assunto? Sei lá. Deve ser porque eu tava lendo uns fanfics ainda agora. De X principalmente. Isso é coisa que até gosto de ler, mas não vejo nenhuma graça em fazer. O legal é inventar os personagens, é isso, não as estórias em si. Talvez por isso eu encha o saco e nunca consiga chegar ao fim de (escrever) a estória.
ps.: Como se escreve trema em inglês?
Em caso afirmativo
Há 7 anos
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