Um sujeito tem um revólver. O revólver não está à mostra, está bem guardado na mochila. O sujeito - vamos chamá-lo de sujeito P - está calmamente comendo seu pastel com guaraná, com seu revólver bem guardado na mochila. Então chega o outro sujeito - digamos o sujeito A - e diz para P:
- Ei, não me mata não.
- Ahn?
- Não me mata não, vai...
- Quê? - P pára de comer o pastel e pousa o copo de refresco no balcão.
- Eu pedi pra você não me matar.
- Matar?
- É, por favor. Não atira em mim não.
O sujeito P continua sem entender. A insiste:
- Hein? Promete que não vai atirar? Hein? Não atira em mim não. Por favor, não me mata não.
P suspira e olha o pastel:
- Por que eu ia atirar? Eu nem te conheço, rapaz!
A ignora e continua:
- Promete? Não atira não. Não me mata não, tá? Hein? Por favor. Ai... você vai atirar. Eu tô sentindo que vai. Assim, se você atirar, atira fraquinho. Atira assim, no pé. E perto de algum hospital. Hein? Por favor. Será que dói muito? Deve doer. Ai... Por favor, não atira não, não me mata não.
A parece desesperado. P comeca a perder a paciência:
- Escuta, eu queria terminar o pastel...
A ignora e continua:
- Você vai atirar, né? Ih, você tá nervoso, né? Você vai atirar, voceê vai me matar. Vai, não vai? Vai sim. Eu sei que vai. Ai meu Deus, eu vou morrer! - para os céus - Por que, meu Deus? Por quê? Ele vai atirar! - voltando para P - Voce vai atirar? Vai mesmo? Não faz isso não. Pelo amor de Deus. Faz não. Por fav.
P puxa o revólver e atira em A.
Em caso afirmativo
Há 7 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário