E quando, pela última vez, pelo que seria a última vez, pelo que era a última vez e dessa vez pra sempre até a próxima última vez. Quando pela última vez, pisando duro, as narinas infladas com ar decidido de que aquela seria sim a última vez, porque dessa vez vai dar certo, por isso é a última vez. Pisando duro, narinas infladas, peito pra fora, barriga pra dentro um dois um dois ordinário marche! Não, não era nada disso. Não marchava, andava, pisando duro, isso. Pisando duro nem aí pras formigas do chão, morrendo esmagadas a torto e a direito, nem aí pras pedras que machucavam seus pés descalços e a bem da verdade há anos não machucavam muito mesmo. A sola dura de tanto andar de pé. Antes ele tinha um tênis, mas furou o calcanhar, depois foi soltando a sola, depois soltou toda a sola e a sola ficou pra trás num passo que ele deu. Ficou engraçado: de tênis e pé no chão. Riu da lembrança. O riso descompassou a repiração, desinflou as narinas, tropeçou o passo duro, agora não mais duro só um passo, normal. Um passo normal, quase normal, não fosse ele estar descalço, uma pedrinha que outra mais pontuda.